ACORDO ORTOGRÁFICO

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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

O BULLYING COBARDE

A GNR investiga e não encontra sinais de bullying que justifiquem o suicídio do Nelson, um miúdo de 15 anos que, como diz a notícia “um jovem suicidou-se sábado à noite. Colegas lembram que sexta-feira foi deixado em cuecas no recreio da escola. Responsáveis desvalorizam, mas pároco da aldeia diz que sinais foram ignorados”! É estranho, agora que todos já dizem que o bullying existia por parte de uns quantos colegas, o que, parece, apenas a direcção da escola desconhecia e pais desatentos não notaram.
A GNR fala de uma “bola” que foi crescendo e teve como resultado o suicídio, uma conclusão estranha e rápida para a investigação das razões que levam alguém tão jovem a acabar com a vida.
Desvalorizar actos como deixar alguém em cuecas no recreio da escola, é uma irresponsabilidade imperdoável, sobretudo quando se trata de alguém com características de personalidade para as quais tal situação pode ser insuportável.
O bullying é isto mesmo, a insistência em atitudes que desmoralizam o alvejado, causando-lhe uma situação de humilhação e de desconforto crescente que pode tornar-se insuportável.
Por ser um fenómeno comum e frequente cujas consequências menos graves podem ser traumatismos profundos e duradouros em quem é alvo de bullying, este “crime” é demasiadamente grave para não ser objecto de cuidados especiais que o evitem o mais possível, devendo ser da responsabilidade da escola detectá-los e tomar as providências necessárias para o anular.
Por mais introvertido que seja quem sofre tais maus tratos, é impossível não o detectar em consequência dos seus efeitos.
Não podem os autores destas picardias maldosas, tenham a idade que tiverem, deixar de ser devidamente responsabilizados, como espero que aconteça neste caso, apesar das conclusões a que chegou a GNR a quem não deve competir fazer a investigação profunda que tais casos requerem.

Será que, mais uma vez, as coisas vão ficar por uma ladainha de lamúrias sem que nada de importante se faça para evitar os elevados prejuízos de tais “brincadeiras” que sentimentos de cobardia e de inveja de alguns transformam na arrogância desumana do Bullying?


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