ACORDO ORTOGRÁFICO

O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

QUESTÕES A QUE NÃO SEI RESPONDER…

          Há no mundo um pouco mais de sete mil milhões de habitantes, dos quais cerca de metade constituem a parte que não atinge ou pouco supera o limiar da pobreza.
É muita gente a que sente enormes dificuldades para enfrentar os problemas que a vida coloca, sendo que alguns nem o conseguem.
Quem não viu já muitas cenas de gente que apenas com muita dificuldade consegue o mínimo para sobreviver?
Quem não sabe que se morre de fome e de doenças facilmente tratáveis, em muitos locais do mundo?
Como explicar que haja países, como o Zimbabué por exemplo, cujo rendimento anual per capita seja da ordem dos 100 euros, a par de outros onde ultrapassa os 25.000?
Mais do que tudo isto, como explicar que e, apenas 85 fortunas pessoais haja tanto dinheiro como têm os três mil e quinhentos milhões de pessoas que são a tal metade da população mundial mais pobre?
Na figura, ainda que um pouco desactualizada, pode notar-se como os meios financeiros se distribuem no mundo, sendo os valores dos rendimentos per capita apresentados em dólares americanos.



           Quase sempre oiço o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa nos seus comentários dominicais e reconheço a sua grande capacidade de análise global e específica, mesmo que não concorde com ele bastantes vezes. É uma capacidade invulgar que já era evidente na página dois do Semanário Expresso, onde escreveu ao longo de muitos anos.
Contudo, não me pareceu brilhante a sua carreira política, na qual jamais atingiu o que as suas crónicas poderiam fazer esperar de alguém que parecia dominar todas as matérias e saber como actuar nas mais variadas circunstâncias.
Ontem surpreendeu-me ao considerar-se excluído da candidatura a futuro Presidente da República pelo “perfil” que Passos Coelho definiu como o seu preferido e assim vi reproduzido na Comunicação Social: “comportar-se mais como um árbitro ou moderador, movendo-se no respeito pelo papel dos partidos mas acima do plano dos partidos, evitando tornar-se numa espécie de protagonista catalisador de qualquer conjunto de contrapoderes ou num catavento de opiniões erráticas em função da mera mediatização gerada em torno do fenómeno político”.
E fiquei a pensar por qual daquelas características enunciadas se sentiu visado.
Não consegui ter a certeza de qual seria, mas há “carapuças” que apenas o próprio sabe que lhe assentam bem…


Sem comentários:

Enviar um comentário