Sei bem quanto custa julgar porque muitas vezes tive de faze-lo, Deus sabe com quantas dúvidas, sem a certeza de o fazer bem feito. Mas eram os “ossos” do meu ofício e nada me pode livrar de ter de o fazer.
Já não será o mesmo quando
por vontade própria se julga e, ainda por cima, de um modo relativo, apontando os
melhores e os piores, um julgamento a que apenas quem se julgue o melhor de todos
se permitirá. E isto tem um nome…
Oiço-o há muitos anos e
não me restam dúvidas das certezas absolutas que Vasco Pulido Valente coloca
naquilo que diz, de tal modo que se permitiu, agora, listar os melhores e os
piores de 2013, colocando nestes últimos o Papa Francisco a quem ele chama um
jesuíta convertido ao franciscanismo que compara com o populismo que nunca foi
bem sucedido! E este Papa que, à vista de todos nós, tanta coisa já alterou, tantos
espíritos já tocou, tantos interesses já denunciou, é, por ele, acusado de “ainda
não ter mudado coisa nenhuma”.
Não me restam dúvidas de
que Vasco sabe bem o que significa populismo, uma doutrina ou uma atitude que
se liga à expressão da vida e dos sentimentos dos meios populares, o que vai
bem com as suas funções de Chefe de uma Igreja à qual deve inspirar, pelos
seus actos e pelo seu exemplo, os comportamentos que são próprios do tal “tanto
amor” que Vasco diz não saber no que vai dar com as homilias de que a esquerda
tanto gosta e Mário Soares também! Uma dúvida que está bem para quem o surreal
valha mais do que a realidade, para quem o prolixo seja preferível à
simplicidade que denota a verdade das coisas.
Pode a confusão de certos
espíritos juntar no mesmo “saco” o “populismo” de Francisco, o esquerdismo que
se julga o lado bom da política e, mesmo até, a casmurrice revolucionária de Soares, mas
não deixa de ser a confusão pretensiosa dos que julgam saber
muito, tanto que se permitem julgar os outros.
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