ACORDO ORTOGRÁFICO

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sábado, 4 de janeiro de 2014

O ETERNO PROBLEMA DE JULGAR


Sei bem quanto custa julgar porque muitas vezes tive de faze-lo, Deus sabe com quantas dúvidas, sem a certeza de o fazer bem feito. Mas eram os “ossos” do meu ofício e nada me pode livrar de ter de o fazer.
Já não será o mesmo quando por vontade própria se julga e, ainda por cima, de um modo relativo, apontando os melhores e os piores, um julgamento a que apenas quem se julgue o melhor de todos se permitirá. E isto tem um nome…
Oiço-o há muitos anos e não me restam dúvidas das certezas absolutas que Vasco Pulido Valente coloca naquilo que diz, de tal modo que se permitiu, agora, listar os melhores e os piores de 2013, colocando nestes últimos o Papa Francisco a quem ele chama um jesuíta convertido ao franciscanismo que compara com o populismo que nunca foi bem sucedido! E este Papa que, à vista de todos nós, tanta coisa já alterou, tantos espíritos já tocou, tantos interesses já denunciou, é, por ele, acusado de “ainda não ter mudado coisa nenhuma”.
Não me restam dúvidas de que Vasco sabe bem o que significa populismo, uma doutrina ou uma atitude que se liga à expressão da vida e dos sentimentos dos meios populares, o que vai bem com as suas funções de Chefe de uma Igreja à qual deve inspirar, pelos seus actos e pelo seu exemplo, os comportamentos que são próprios do tal “tanto amor” que Vasco diz não saber no que vai dar com as homilias de que a esquerda tanto gosta e Mário Soares também! Uma dúvida que está bem para quem o surreal valha mais do que a realidade, para quem o prolixo seja preferível à simplicidade que denota a verdade das coisas.
Pode a confusão de certos espíritos juntar no mesmo “saco” o “populismo” de Francisco, o esquerdismo que se julga o lado bom da política e, mesmo até, a casmurrice revolucionária de Soares, mas não deixa de ser a confusão  pretensiosa dos que julgam saber muito, tanto que se permitem julgar os outros.


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