Pelo que se vai sabendo, muita
gente nesta terra se ia aproveitando da desorganização do Estado para meter
dinheiro ao bolso! Desorganização foi o que escrevi, mas que talvez não seja o termo mais correcto...
A última notícia que li foi esta:
“Todos os líderes parlamentares e
representantes de partidos que tinham assento na Assembleia Regional da Madeira
em 2006/2007 começam esta segunda-feira de manhã a ser julgados no Funchal por
uso indevido das subvenções parlamentares. Mas poderão ser absolvidos por
prescrição pelas responsabilidades financeiras de natureza reintegratória e
sancionatória accionado pelo Ministério Público.”
Depois, fico a pensar no que terá
acontecido nos outros anos! Que nada tenha acontecido é que não me sinto muito
inclinado a acreditar.
Mas antes desta notícia outras
apareceram, contando de muitos milhões que foram sonegados, desta ou daquela maneira,
ao Serviço Nacional de Saúde e por outras formas de subtracção ou de proveitos que certos favores produziram.
À guisa de um célebre D. Jayme D’Aguillar,
no tempo da dinastia Filipina, até poderemos dizer, a propósito de tantos
esquemas de subtracção de dinheiro do sistema, que “Portugal é lauta boda, onde come a maralha toda”.
E não é raro o dia em que se sabe
que mais dinheiro foi parar aos bolsos de alguém, naquele tempo de vacas gordas
em que todos os espertos engordaram. Para além do muito que para sempre ficará
por saber.
É pena que, na maioria dos casos,
tudo não passe de nada no que respeita à justiça que se faça, pelas mais
variadas razões. Por ser este ou por ser aquele, porque prescreveu, alguém se
esqueceu de uma formalidade qualquer ou destruiu as escutas…
Para que recordar aqui as “personalidades”
envolvidas em tais actos de “misericórdia”. Mas andam por aí, anafados, bem comidos, vivendo sem a austeridade que a maioria de nós sofre e
escrevendo livros que os amigos e outros compram, não vá acontecer que um dia… Bem,
nesta terra tudo pode acontecer e depois…
Enfim, para além de tantos disparates,
um regabofe de primeira. E quem paga as favas somos nós!
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