Dei-me ao cuidado de ouvir
o que iria ser dito naquela audição da Ministra das Finanças na Comissão de
Inquérito da AR sobre a solução dada ao caso BES pois, perante os riscos que, com
certeza, a solução encontrada pode comportar, propostas para a melhorar seriam,
por certo, da maior valia.
Da Extrema Esquerda não
vieram outras senão as propostas do costume, aquelas que fazem o Estado dono e senhor
de tudo e, segundo dizem, garantem emprego e justiça social para toda a gente.
Mas não vale a pena perder tempo a comentar soluções que a História já julgou depois
de experiências concretas que provaram não passarem de um equívoco com consequências
trágicas.
Restaria a expectativa da
solução que o PS, partido que requereu a audição da Ministra das Finanças, iria
apresentar e que, depois de tudo quanto já fora dito, teria, com certeza, todas
as condições para ser uma solução bem ponderada e, por isso, digna de ser
considerada.
Mas foi ainda o velho
lugar-comum “a montanha pariu um rato” a ideia que melhor corresponde ao que se
passou, o que, afinal, está conforme com um passado de muitas críticas sem quaisquer
propostas que, verdadeiramente, o fossem, não passando esta audição de mais do
que uma daquelas perdas de tempo que saem caras a todos nós, além de ser mais uma
manifestação gritante da incapacidade política que não consegue tirar este país
do atoleiro em que ainda resvala.
Não seria de esperar do PCP
e do BE mais do que aquilo que são, ideias que pudessem ir além daquelas de que
são capazes, mas não é possível admitir a um partido como o PS estas
manifestações de puro exibicionismo parlamentar e de oportunismo político
porque é seu dever participar, como Oposição séria que deve ser, nas soluções
que a frágil e perigosa situação do país reclama.
Em vez disso, o partido que teria por dever mostrar a força que tenha para com ela participar na recuperação do país, enfraquece-se em duras lutas intestinas que em nada nos irão ajudar.
Em vez disso, o partido que teria por dever mostrar a força que tenha para com ela participar na recuperação do país, enfraquece-se em duras lutas intestinas que em nada nos irão ajudar.
Não ser apresentada,
afinal, qualquer proposta de solução bem estruturada como alternativa ou
complemento àquela que critica, dá bem conta da baralhada política da qual este
país terá de se livrar muito rapidamente se quiser solucionar os seus
problemas.
A Maria Luis bastou
manter-se serena, como tem sido seu hábito, para sair desta audição sem
arranhões.
Mas será isto que se deve
esperar do trabalho destes deputados e desta Assembleia da República que nos
custa tanto dinheiro? Por qual razão, então, não deverá fazer ela parte da
reestruturação de que Portugal carece?
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