(Este era o mapa pendurado na parede da sala de aula onde estudei os quatros primeiros anos da minha carreira de estudante. Já então aquela organização administrativa tinha as "províncias" como uma inutilidade real, à qual hoje se juntaram os distritos... Afinal como está Portugal organizado administrativamente?)
Desta desorganização que
mais acentua as diferenças entre dois “portugais” tão distintos, todos nos
damos conta, talvez com excepção dos que dizem querer cumprir a patriótica
missão de nos governar.
Dir-se-ia que um terço de
um pequeno território, um pouquinho mais de 30.000 quilómetros quadrados, é a
medida da pouca capacidade dos que nos têm governado de um modo que, mesmo
assim e pelos resultados alcançados, nem sequer é digno de elogios.
Tudo neste país se conjuga
para a bagunça na qual tem sido governado por uns tantos que, na realidade,
fazem dessa “missão” o trampolim para governarem as suas vidas às quais, usando
as palavras de um ex-governante também, acrescenta valor de mercado, como o
comprovam os rendimentos do antes e do depois do “regimento” de personalidades
que por tais cargos têm passado.
É dito corrente desde há
muito que “bom não é ser ministro, é tê-lo sido”! E não sei se para esta regra
haverá a excepção que, diz-se também, justifica qualquer que exista.
De tudo assim não poderia
resultar mais do que o “castelo de areia” que a maré das desgraças que causaram
começou a destruir.
Impérios que se afundam
nos buracos que criaram, mentiras que a turbulência trás à tona, queda de personalidades
que, afinal, jamais foram o que a sua arte de mistificação fez crer que eram…
Enfim, tantas coisas que vão
fazendo ruir o “castelo” a cada investida dos problemas que uns nem sequer
entendem, outros não tiveram coragem para resolver e, outros ainda e como
sempre acontece, afirmam que resolverão quando do povo tiverem o apoio para poderem
governar com entenderem.
Mas em tantas décadas que
levo vividas, quatro já desta “revolução” tão desgastada, não conheço excepção
ao “apertar do cinto” que sempre se segue à breve “tripa forra” que os “direitos”
consentem mas que só a inteligência e o trabalho podem dar.
Uma pergunta apenas eu
faço: como se governa um país que se não conhece?
Por isso, eu proporia, à
guisa do que com os professores foi feito, um exame aos conhecimentos dos
nossos governantes e candidatos a governantes, para saber quais deles e como conhecem
Portugal.
Um dia ouvi um alto
magistrado dizer que Os Lusíadas tinham nove “cantos”. Exactamente os que tinha
aquele exemplar pelo qual estudei, mas no qual ao “oitavo” se seguia o “décimo”, porque a Ilha dos Amores era proibida!
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