(de "O Blog do Miro")
Já há tempos que alguns andam com a cabeça noutro lado que não nos problemas que se agudizam um pouco por toda a parte. Mas com eleições que se aproximam, aqui e acolá, para isto e para aquilo, toda a gente começa a girar a cabeça mais e mais depressa, para não perder nada do que se passa e ganhar as melhores posições na partida para a corrida que se segue.
Já há tempos que alguns andam com a cabeça noutro lado que não nos problemas que se agudizam um pouco por toda a parte. Mas com eleições que se aproximam, aqui e acolá, para isto e para aquilo, toda a gente começa a girar a cabeça mais e mais depressa, para não perder nada do que se passa e ganhar as melhores posições na partida para a corrida que se segue.
Quem vai ser o quê dentro
de algum tempo é o jogo que se joga agora, aqui e noutras paragens onde o gosto
pelo poder obviamente também existe.
Nada de invulgar no que se
passa porque sempre foi assim nesta democracia anquilosada em que mudar se diz
ser a solução mas, pelo que sempre se viu, não passa do propósito de cada um
que ambiciona o poder, enquanto as circunstâncias que uma nova realidade cria,
com dificuldades que se vão acumulando, não merecem um pouco do tempo que os
políticos gastam nas suas movimentações no grande tabuleiro do poder.
António Costa, Seguro, Rui
Rio, Guterres, Marcelo, Santana Lopes, Marinho Pinto e tantos outros, um ror de
nomes que mais se pode alongar, preparam o assalto ao poder em Portugal, sem,
contudo, nem uma palavra dizerem sobre os verdadeiros problemas do país e,
menos ainda, de como se propõem resolvê-los! Apenas prometem acabar com a crise,
por um travão nos cortes de salários e das pensões, baixar os impostos, enfim, tudo
o que for preciso para acabar com esta “austeridade”, como dizem uns, com este “pacto
de agressão” como outros lhe chamam ou com os “roubos” de que todos se queixam.
O grande busílis está nos
descuidos que se têm enquanto tantas alterações acontecem e vão fazendo as
coisas diferentes, parecendo bastar, a quem tenha de decidir o seu voto, as propostas
levianas que lhes façam, o velho “conto do vigário” próprio destas alturas em
que se aprimoram as promessas com que se pretende alcançar o poder e se
preparam já as desculpas que justificarão por que não vão poder ser cumpridas.
Porque não vão mesmo pois os problemas do país não são a austeridade em que
se vive nem os impostos que se pagam, tampouco o desemprego que a tantos atinge,
porque são as causas que a tal conduzem. Dessas NINGUÉM FALA! Talvez nem as
conheçam.
Por exemplo, vem-me à
ideia algo que o incontornável Mário Soares não há muito tempo disse a
propósito desta dívida que o seu “socialismo” acumulou e o Governo parece não
ser capaz de pagar:“ a Argentina também não pagou e não aconteceu nada!” Pelo
que sabemos que se passa na Argentina, a bancarrota, ficámos a saber que o
senhor há muito se não passeia por aquelas bandas.
Como posso recordar a
admiração do PCP pelo regime da Coreia do Norte onde, naturalmente, os seus apaniguados
não sentem o sofrimento profundo do povo que lá vive…
Enfim, por toda esta
algaraviada com que os políticos confundem as cabecinhas daqueles de cujo voto
necessitam, prometendo o céu que, todos o sabemos, não poderão dar, vem-me à
ideia a estória do “homem do pífaro” que já contei em 2010 a propósito de
outras promessas que, faz já parte da História, não foram cumpridas.
Não vou repeti-la,
naturalmente. Mas podem lê-la em http://jornaldegaveta.blogspot.pt/2010/09/o-homem-do-pifaro.html
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