Pelo seu lema “avançar por
caminhos ecologistas” (ainda que preferisse "avançar com procedimentos ecológicos"), o Partido Ecologista os Verdes até poderia ser o partido
da minha eleição se o que defendesse fosse, sem os pruridos de esquerdismo
pacóvio que, acima de tudo, o domina, a defesa do Ambiente e da Humanidade que
este tipo de civilização perigosamente vai destruindo.
Mas jamais me dei conta
de, na Assembleia da República onde à boleia do PCP senta uns quantos
deputados, no seu “site” oficial na Internet onde declara as suas posições em
relação a diversos assuntos ou em debates e acções que promova, fosse a voz
firme que defende uma política nova com uma economia humana que esbatesse os
excessos de riqueza e a pobreza extrema, promovesse o modo de vida solidário
que acabasse com as discriminações injustas ou fosse o aliado político dos
reparos e alertas que a Ciência, cada vez mais insistentemente, faz quanto às
consequências dos efeitos negativos de um modo deste modo de viver predatório a
que, pretenciosamente, chamamos civilizado!
Não entendo este partido
senão como uma estratégia do PCP para alargar a sua base de apoio e ter mais
tempo de intervenção para defesa de pontos de vista que em nada diferem seja acerca
do que for e que, tal como os comunistas também, escondem os seus verdadeiros
propósitos que, porém, denunciam quando não são capazes de condenar a política desumanamente
ultra musculada da terra dos Kim Jong. Quando elogiam, até, a miséria extrema
de um povo ao qual roubam o pão para acrescentar o seu poderio militar.
O Verdes não é, de todo e
infelizmente, a voz diferente e esclarecida que luta contra os horrores que a
política económica consumista nos pode merecer em futuro não muito distante.
Não passa do
girassol sem chama que se deixou crestar pelo calor da luta pelo poder em que
se envolveu, em vez de rejuvenescer na cruzada dura contra a morte lenta de uma
Humanidade sem ideais que justifiquem a inteligência que reclama.
O Verdes não é mais do que uma bengala ridícula do anquilosado PCP.
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