(Ilhas de plástico no Oceano Pacífico)
Estão por demais comprovados os graves inconvenientes deste modo de viver que procura, no mais e mais de que o viver não precisa, a satisfação de um desejo incontrolável de, simplesmente, ter mais. Seja o que for, sirva para o que servir ou até nem sirva para nada, tenha as consequências que tiver, bastará ser novo, ser diferente, para que, preste ou não preste, tenha sucesso.
Estão por demais comprovados os graves inconvenientes deste modo de viver que procura, no mais e mais de que o viver não precisa, a satisfação de um desejo incontrolável de, simplesmente, ter mais. Seja o que for, sirva para o que servir ou até nem sirva para nada, tenha as consequências que tiver, bastará ser novo, ser diferente, para que, preste ou não preste, tenha sucesso.
Um telemóvel de última
geração, uma consola de jogos violentos, um carro de último modelo, um novo
livro de uma colecção de abortos, um concerto campestre onde a qualidade da
música é, necessariamente, má, a higiene muito deficiente, a promiscuidade
enorme e tantas outras coisas, deslumbram quem se não dá conta nem imagina as
tragédias que, mais geração menos geração, acabarão por se abater sobre esta
Humanidade deslumbrada pelas iniciativas dos oportunistas que, em seu proveito,
a manipulam. Um proveito inútil e fugaz dos que brincam com coisas sérias,
neste enorme “monopólio” em que tornaram a vida porque as consequências das
suas brincadeiras em breve os farão sair dos tronos que crêem de ouro em que
se encontram sentados e farão inúteis as falsas “riquezas” que amealharam.
O isolamento é a
consequência maior do que se passa e nos faz distante de quem está próximo,
porque preferimos a “proximidade” de quem, nem sequer, saberemos onde está.
Perdeu-se o valor do amor
e da amizade na transitoriedade de “sentimentos” que se tornaram perversos por
não corresponderem a realidade alguma, ignora-se o valor das coisas no mau uso
que se lhes dá, destrói-se o ambiente sem o qual a vida não pode existir, troca-se
a naturalidade da vida pela virtualidade, o amor pelas paixões e as amizades
pelas conveniências.
Degrada-se o amor próprio
e a dignidade pelos quais Egas Moniz ofereceu a sua vida, D. João de Castro
cortou as barbas, mas pelos quais agora ninguém dá nada!
O modo como se vive a vida
mudou! E não será sem consequências que tal acontece. Estão aí já algumas e
muito próximas outras que a estas se seguirão, num curropio que se tornará difícil
de suster. Sejam a degradação ambiental generalizada, a poluição de rios, lagos
e oceanos, o consumo excessivo dos recursos naturais, o aquecimento global e o
rol de trágicas consequências que trás consigo, tudo põe em perigo o futuro de
uma Humanidade alheada da Natureza de que faz parte porque, ingenuamente, dela
se julga a dona.
O perigo maior está na
própria Humanidade que não quer abdicar do que, transitoriamente, os seus
excessos lhe possam proporcionar enquanto a “vingança” da Natureza se não fizer
sentir do modo mais drástico que possamos imaginar.
A Ciência tem feito
inúmeros avisos a que os políticos não prestam atenção.
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