É uma realidade a escassez
de qualidade entre os políticos que temos. É uma certeza da qual as
circunstâncias não permitem grandes dúvidas, tão evidente é a sua incapacidade para enfrentar os grandes desafios que o presente já lhes lança e
o futuro próximo, por certo, vai tornar maiores.
Fazem o que a sua fraca
visão lhes consente com a pouca mobilidade que o espartilho da política global
dominada pelos mais fortes, por isso mais capazes de defenderem os seus esfomeados
interesses, lhes permite.
Não é este problema apenas
português, porque o é da Europa e do mundo onde os grandes políticos parecem
ter-se tornado aprendizes de cozinheiro que prepara umas receitas estranhas
que lhes vão permitindo sobreviver numa casa desarrumada onde os restos dos
cozinhados, já apodrecidos, se acumulam, emporcalhando-a cada vez mais até a transformarem num curral inabitável.
Que estará na altura de mudar
de cozinheiro pensarão os que, já fartos das migas bolorentas que lhes servem,
vêem nesta mudança a solução. Nem, sequer, se lembram de que é a mesma que já adoptaram
em outras ocasiões para atamancar soluções que a crise seguinte sempre
demonstrou não terem solucionado coisa nenhuma.
Entre nós, desde há algumas
décadas, vimos fazendo essas mudanças segundo regras que uns continuam,
intransigentemente, a defender e outros crêem estar na hora de mudar.
Mas seja de um modo ou do
outro, ataque Costa o castelo do PS ou ceda Rio aos desafios que lhe
lançou para que ataque, também, aquele de cujas hostes se serviu mas com elas
se não mistura, nada acontecerá para além da mudança de poder que umas lutas de galos ditarem como desfecho de uma guerra inútil que, para além disso, não trará vantagens para qualquer do nós.
Porque não me apercebo
de qualquer mudança séria nos có-có-ró-cós de um ou de outro, não serão estas
guerras ditadas por reais desejos de mudança no modo de “cozinhar” e de limpar a casa porque não
passarão do humano e, por isso, egoísta desejo de estar mais perto do tacho e,
assim, poder comer, mais cedo, as fedorentas migas cuja receita é a única que
conhecem.
Quando entrarão na
política as graves questões do mundo em que vivemos, muitas delas criadas pelo
modo de viver que os novos donos da capoeira se propõem redinamizar?
Portugal e o mundo necessitam, desesperadamente, de "lutas de ideias" para discutir os graves problemas que enfrentam, nas quais, com consciência e sem as paixões que a ambição alimenta, se introduzam todos os factores que influenciam já o nosso presente e podem tornar muito mais doloroso o futuro que, a tempo e com inteligência, não preparámos.
Entretanto resta-nos esperar, na atitude comodista a que nos habituámos, para sabermos quem será o novo "senhor do poleiro" que outro ávido de poder, depois, destronará.
Portugal e o mundo necessitam, desesperadamente, de "lutas de ideias" para discutir os graves problemas que enfrentam, nas quais, com consciência e sem as paixões que a ambição alimenta, se introduzam todos os factores que influenciam já o nosso presente e podem tornar muito mais doloroso o futuro que, a tempo e com inteligência, não preparámos.
Entretanto resta-nos esperar, na atitude comodista a que nos habituámos, para sabermos quem será o novo "senhor do poleiro" que outro ávido de poder, depois, destronará.
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