Depois de tanta celeuma a que os exames
de avaliação dos professores deram lugar acabou nos erros de português a discussão sobre a razão
ou não de ser desta prova que a FENPROF tanto combateu, chamando-a de "um “capítulo da impante história de um ministro obcecado”, “famigerada,
inútil e inaceitável”, para além de a considerar “uma obstinação vingativa
contra quem (ela) se opôs.
Que foram erros relacionados com
o “acordo ortográfico” a que muitos professores não estariam ainda habituados ou que até se oporiam ao que foi ilegalmente posto em vigor, foi a explicação imediata dos que, numa
manifestação de força na qual, por certo, acabariam por perder, acabaram por
prejudicar os professores que aceitaram a avaliação como medida certa para
elevar a qualidade do ensino secundário em Portugal.
Desculpa mal engendrada e precipitada
porque, afinal, não passaram de 10% dos erros cometidos os que se relacionam
com o tal Acordo que eu também não adopto.
Segundo a entidade que os
avaliou, num texto de 250 a 350 palavras que os “professores” teriam de
escrever, os restantes erros foram, em 62,8% dos textos, um ou mais erros
ortográficos, em 66,6%, um ou mais erros de pontuação e, em 52,9%, um ou mais
erros de sintaxe, incluindo a aplicação incorrecta do plural e a utilização
incorrecta de formas e de conjugações verbais.
Não me parecem erros de
menosprezar em quem terá a responsabilidade de participar na formação
científica e literária da juventude de um país.
Os exames servem para isto mesmo,
para avaliar quem tem ou não capacidade e competência para as tarefas às quais
se propõe. Uns têm e outros não. O que me parece natural.E como acontece nos exames, houve quem chumbou, quem teve classificações medianas e, naturalmente, os que tiveram excelentes classificações.
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