ACORDO ORTOGRÁFICO

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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

A NOVA GUERRA SERÁ FRIA OU QUENTE?

Já me parecem demais os casos em que uma fractura nítida entre a Rússia e o Ocidente (expressão que o governo russo passou, de novo, a usar) se vai alargando, seja o diferendo a Síria, a Ucrânia ou outra região qualquer onde interesses económicos e políticos se confrontam.
Ainda me lembro de como a Rússia construiu o seu império soviético após a segunda guerra mundial, como foi alargando fronteiras e forçando a submissão de diversos países asiáticos e europeus que, mais tarde, depois de derrubado o Muro de Berlim, julgaram ter recuperado a liberdade.
Não posso esquecer as preocupações que, por diversas vezes, o mundo inteiro viveu com receios de uma nova guerra que, desta vez, teria consequências bem piores, inimagináveis até. Felizmente superados os diversos incidentes que poderiam ter sido o seu começo, respirou o mundo de alívio com a esperança de uma era de paz duradoura.
Mas, nesta altura, são demasiadas os casos de instabilidade em todo o mundo e receio que as dificuldades económicas que, também por todo o lado, se sentem ou se iludem com atitudes que não podem durar para sempre, acabem por criar o clima político e social propício a uma qualquer atitude de loucura generalizada.
Preocupa-me particularmente o que se passa na Ucrânia, onde um confronto de interesses russos e ocidentais é evidente e pode gerar extremismos que ultrapassem a razoabilidade de acordos políticos. Mas não é de menosprezar o que se passa na Síria onde, constantemente, são cometidos crimes contra a Humanidade, como o não é o que se passa na Venezuela onde a inspiração de um “passarinho”, que tanto pode ser o “espírito de Chavez” como a influência cubana, conduz a políticas de catástrofe social e económica dificilmente suportáveis, bem como é preocupante o que se passa em tantos outros lugares onde desgraças e mau viver se acumulam.
Não me parecendo que a recuperação económica possível permita o regresso aos níveis de vida que uma aparente superabundância nos levou a viver, o que poderia aliviar tensões, mas que, pelo contrário, se degradarão por toda a parte, nada aplacará as desordens que perturbarão a paz e, queira Deus que não, podem extremar os conflitos de interesses que cada vez menos são possíveis de disfarçar.
Desta vez, será fria ou quente a guerra que se travará? O pior é que a fronteira entre uma e outra é tão instável como o nervosismo na ponta de um dedo que se coloca em cima de um botão.


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