A questão do momento é,
sem dúvida, a da saída do programa de resgate, dizendo uns que seria bonito
sair dele “à irlandesa” enquanto outros preferem um programa cautelar que, dizem,
impediria os desmandos que, sem ele, poderão vir a ser cometidos depois da
saída da Troika.
Realmente, é esta uma
preocupação justa quando se ouvem constantemente, do líder da Oposição, as
críticas que faz à austeridade que nunca se pode evitar depois dos excessos e
as propostas simplórias, muitas vezes totalmente descabidas, sobre como a
evitar e regressar à bela vida que, se for governo, nos promete dar.
Mas, desde o falhanço da
política socialista de Hollande que Seguro elegeu como modelo que aqui desejava
replicar, tornou-se claro que as questões a resolver são bem mais complicadas e
imunes às políticas de boa-vontade que, afinal, não acontecem. E nunca mais
alguém ouviu, da boca do incansável líder, o que antes dissera sobre como
Hollande meteria a Srª Merkel na ordem e acabaria com as suas exigências de
ajustamento sem as preocupações sociais que revelava.
Foi pena que assim não
tivesse acontecido, pois deveria a Alemanha recordar como lhe foi atenuada a
tarefa da recuperação após a odiosa guerra hitleriana que tantos danos causou
ao mundo inteiro. Mas lá diz o saber do povo “não peças a quem pediu…”. Mas
também não é tão simples assim, porque aquilo a que chamam crise é uma questão
bem mais profunda, em relação á qual podemos, igualmente, colocar a questão de
saber como dela sair.
Entretanto, lá diz também
o ditado, “em Roma sê romano” e outro remédio não teremos senão, em
conformidade com o mundo em que vivemos, viver com as suas regras mas,
por sensata precaução, ir tomando cuidados que evitem os graves problemas da mudança
que, inevitavelmente, acontecerá.
Nestas circunstâncias, que
melhor poderia acontecer a Portugal do que Governo e PS unirem esforços para
garantir a confiança dos mercados e, com isso, conseguir juros mais baixos para
a dívida que teremos de pagar, como aconteceria se lhes déssemos o sinal de
unidade e de vontade que uma cooperação entre o Governo e o PS lhes daria?
Mas, com isso, o PS
entregaria ao Governo o sucesso que jamais desejaria que tivesse, porque é
outra coisa o que lhe convém para sair vencedor nas próximas eleições
legislativas. Por isso, Seguro considera o convite de Passos Coelho como um
aceno para a galeria…
E assim se vai
desenrtolando esta guerra tristemente cómica do alecrim e da manjerona.
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