ACORDO ORTOGRÁFICO

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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

VERDADES, MENTIRAS, PROMESSAS…

Não é de esperar que a Oposição teça elogios ao Governo. Obviamente, porque o mais natural é que o critique em consequência dos erros que encontre naquilo que o governo faz. É mesmo essa a função democrática da oposição.
São modos diferentes de ver as coisas, entendimentos diversos de como se deve fazer para resultar melhor, porque não poderão ser outras as razões pelas quais a oposição critica o governo, porque a Democracia que consente que ela exista não pode ter outra intenção que não seja o bem de todos.
Não seria de esperar que fosse de outro modo se outras intenções não houvesse, porventura bem mais fortes, como são as que geram os confrontos que, simplesmente, têm em vista a conquista do poder.
Olhando para o que se passa, sem a pretensão de julgar estúpidos os que pelo poder se confrontam, fico a pensar na ingénua ilusão periódica que nos leva a pensar que temos algum poder que, pelo voto, delegamos nos que, com o patuá circunstancial mais conveniente para explorar as nossas fraquezas e empolgar as nossas emoções, nos levam a crer serem os melhores para nos governar.
Por isso os políticos dizem, em cada momento, o que crêem que convencerá a maioria que os leve a vencer nas eleições que se seguem, assegurando a alternância que a Democracia exige para se consolidar e da qual os partidos necessitam para assegurarem o apoio das suas clientelas, as quais, depois, generosamente recompensam.
Por isso me não surpreendi ao escutar o discurso em que o secretário geral do PS põe os seus eleitores de sobreaviso para as mentiras do Governo que, diz ele, tenta convencer-nos de um “milagre económico” que não passa de uma fantasia que tem em vista as próximas eleições. Mas se, de um lado, Seguro assegura não passarem de fantasias inebriantes os sucessos que o governo apregoa, os quais, a serem verdade, tornariam mentira anteriores certezas de Seguro em que tal jamais aconteceria, do outro lado, indicadores provenientes de várias fontes e de diversas naturezas dizem que está a acontecer o que, antes, Seguro criticava por não acontecer, como o crescimento do PIB, o aumento da procura interna, o aumento das exportações, a redução do défice…
Enfim, é esta a Democracia que temos que, a continuar assim, melhor serve os partidos do que os cidadãos que, de tempos a tempos, se iludem com mentiras e com as promessas que, depois, verificam que os seus “heróis” não cumprem.
Acabo a pensar naquela história bíblica de um pai moribundo que não quis partir sem, com um simples molho de vimes, mostrar aos filhos como a “união faz a força”. Fáceis de partir um a um, resistem a qualquer força quando em conjunto.

Porque não fazemos o mesmo?

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