Por vezes não consigo
deixar de ouvir Sócrates naquelas arengas que faz na TV pública cujos custos todos
ajudamos a pagar, onde lhe dão a oportunidade de, semanalmente, tentar
limpar-se das porcarias que fez nos seus governos, sobre as quais não restam
quaisquer dúvidas. Raramente Sócrates tem
algo mais para dizer do que arranjar explicações ou desculpas para aquilo de
que, com toda a justiça, o acusam, sobretudo a gestão despesista que fez e a
série de casos obscuros que gerou, assim como tentar reabilitar o decadente
socialismo que de socialismo, afinal, já nem a aparência tem.
Aliás, diz-nos uma visão
geral do que se passa na Europa, onde os partidos socialistas não estão a
passar um bom momento, porque cada vez menos gente lhes reconhece as virtudes
que dizem ter, que é outro o tipo de gestão de que uma sociedade mais justa e
equilibrada tem necessidade.
Hoje, Sócrates falou da
despesa que foi a compra dos submarinos e das vezes que, ao longo dos seus
governos, ouviu Paulo Portas exigir mais despesa, como se uma coisa ou a outra
pudessem constituir razão para o aumento enorme de dívida pública que provocou,
em consequência de despesas das quais tanto se gabou!
A nossa dívida pública
estava, no início dos seus governos, em cerca de 60% do PIB, por isso ao nível
do que se considera razoável e, por isso, não criava problemas de crédito nos
mercados, o que passou a acontecer desde quando o excesso dos seus gastos a fez
ultrapassar os 100%.
Ainda não entendi, pois, o
interesse da direcção da RTP em prolongar o fracasso que a realidade já mostrou
serem os comentários de José Sócrates, incluindo os decréscimos das audiências
que, com ele, esperavam aumentar.
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