Um
estudo que Romana Borges Santos deu hoje a conhecer no Jornal o
Público, informa que 2012 será o ano com menos nascimentos em
Portugal que ficarão abaixo de 100 mil como, aliás, já contecera
em 2011.
Dificilmente
os nascimentos ultrapassarão 90 mil este ano.
“A
responsável pela Unidade de Rastreio Neonatal do Instituto Nacional
de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) afirma, também, que a diminuição
do número de nascimentos é uma tendência que se verifica nos
últimos 30 anos, ainda que com algumas excepções”, pode ler-se
nesta notícia da qual se podem extrair diversas conclusões, a mais
importante das quais diz respeito à estrutura etária em que se
baseia o nosso sistema de segurança social.
A
chamada pirâmide etária tradicional, aquela que resulta de uma
tendência natural numa sociedade em fase de desenvolvimento, tem
agora, nos países onde o estilo de vida implantado alterou o modo
natural de viver, uma forma bem diferente que, cada vez mais, se
assemelha a uma árvore.
A
redução significativa dos nascimentos e o acréscimo sensível da
esperança de vida, encurtam a base da pirâmide, como que dando
origem a um tronco que sustenta uma copa cada vez mais frondosa de
indívíduos de idade superior a 65 anos.
Em
consequência, a população activa é cada vez menor, decrescendo,
por isso, a sua contribuição para o fundo de pensões que paga as
reformas aos que, no passado, contribuiram.
Em
consequência, serão daca vez menos os contribuintes e cada vez mais
os beneficiários neste sistema o que, não sendo humano reduzir o número de beneficiários, torna indispensável aumentar as contribuições para
o que, certamente, haverá um limite!
É
uma situação alarmante que coloca em causa a vida de futuros
reformados, precisamente os que agora fazem os descontos, um problema
que exige o estudo urgente (já nem sequer atempado) de uma situação
que poderá ter gravíssimas repercursões no futuro.
É
este mais um motivo para pensar numa alteração profunda do tipo de
vida que levamos e que, em diversos outrois domínios, coloca
questões de igual ou maior gravidade.
Então
como é possível pensar que nada há para alterar na democracia, na
Constitução, nas leis eleitorais...?
Claro
que estas e outras reformas são urgentes, por mais que aqueles a
quem politicamente não convenham gritem que não consentirão que
sejam destruídas as “conquistas de Abril”, mas que serão se,
dentre elas, não soubermos destrinçar e proteger as verdadeiras!
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