ACORDO ORTOGRÁFICO

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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

PIRÂMIDE OU ÁRVORE ETÁRIA?

Um estudo que Romana Borges Santos deu hoje a conhecer no Jornal o Público, informa que 2012 será o ano com menos nascimentos em Portugal que ficarão abaixo de 100 mil como, aliás, já contecera em 2011.
Dificilmente os nascimentos ultrapassarão 90 mil este ano.
A responsável pela Unidade de Rastreio Neonatal do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) afirma, também, que a diminuição do número de nascimentos é uma tendência que se verifica nos últimos 30 anos, ainda que com algumas excepções”, pode ler-se nesta notícia da qual se podem extrair diversas conclusões, a mais importante das quais diz respeito à estrutura etária em que se baseia o nosso sistema de segurança social.
A chamada pirâmide etária tradicional, aquela que resulta de uma tendência natural numa sociedade em fase de desenvolvimento, tem agora, nos países onde o estilo de vida implantado alterou o modo natural de viver, uma forma bem diferente que, cada vez mais, se assemelha a uma árvore.
A redução significativa dos nascimentos e o acréscimo sensível da esperança de vida, encurtam a base da pirâmide, como que dando origem a um tronco que sustenta uma copa cada vez mais frondosa de indívíduos de idade superior a 65 anos.
Em consequência, a população activa é cada vez menor, decrescendo, por isso, a sua contribuição para o fundo de pensões que paga as reformas aos que, no passado, contribuiram.
Em consequência, serão daca vez menos os contribuintes e cada vez mais os beneficiários neste sistema o que, não sendo humano reduzir o número de beneficiários, torna indispensável aumentar as contribuições para o que, certamente, haverá um limite!
É uma situação alarmante que coloca em causa a vida de futuros reformados, precisamente os que agora fazem os descontos, um problema que exige o estudo urgente (já nem sequer atempado) de uma situação que poderá ter gravíssimas repercursões no futuro.
É este mais um motivo para pensar numa alteração profunda do tipo de vida que levamos e que, em diversos outrois domínios, coloca questões de igual ou maior gravidade.
Então como é possível pensar que nada há para alterar na democracia, na Constitução, nas leis eleitorais...?
Claro que estas e outras reformas são urgentes, por mais que aqueles a quem politicamente não convenham gritem que não consentirão que sejam destruídas as “conquistas de Abril”, mas que serão se, dentre elas, não soubermos destrinçar e proteger as verdadeiras!

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