ACORDO ORTOGRÁFICO

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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

SOCIALISMO OU SOLIDARIEDADE?


(A propósito da notícia “Convite de Passos ao PS é uma farsa - Expresso.pt

Todos sabemos por que sofremos esta dura austeridade a que a leviandade de um Estado esbanjador nos condenou. Todos sabemos como é urgente reequilibrar as finanças deste país atulhado em dívidas que um socialismo demagógico acumulou e, agora, nos obriga a pagar.
Porque será, então, que o PS não quer participar na reforma do Estado que as circunstâncias mostram, claramente, ser urgente? Por que não aceita a oportunidade oferecida para nela participar, em conjunto com a entidade com a qual assinou um contrato de resgate financeiro que a sua gestão tornou inevitável?
Será esta atitude de donzela ofendida que Seguro e Zorrinho tão bem encenam, a que melhor respeita os direitos de todos nós, sobretudo quando vinda do quadrante político que os agrediu numa descabeçada atitude em que dizia defende-los?
Compete ao governo zelar por um presente feliz e por um futuro sustentável, coisa que os governos socialistas não souberam fazer na sua ânsia de uma realidade utópica que a todos concede o que a exiguidade natural não consente.
É mais do que hora para entender que seremos sempre nós a pagar tudo o que a Constituição nos “oferece” o que, seja o que for, sempre teremos de pagar. Se o não fizermos, resta-nos reduzir o que é “oferecido” ou endividarmo-nos para o continuar a oferecer.
Mas o endividamento tem, obviamente, um limite que Portugal e o Socialismo por outras vezes já conheceram.
Será que, apesar disso, escolhemos prosseguir pela via do disparate, cometendo o grave crime de levar a maioria de um povo a pensar que pode ter aquilo que não pode ter?
Perante a impossibilidade de mais endividamento, a equação que as circunstâncias nos colocam apenas consente uma de duas soluções: aumentar os impostos ou redefinir o que eles podem pagar!
A terceira via, a de cair do céu o dinheiro necessário para o pagar não me parece ser a que um governo deve seguir, pelo que apenas poderá ter nas reformas inteligentes que fizer a  forma de não deixar degradar-se o que a todos é tão necessário, PROMOVENDO A SOLIDARIEDADE DA QUAL, AFINAL, O SOCIALISMO NÃO É CAPAZ.

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