ACORDO ORTOGRÁFICO

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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

PODEM VÂNDALOS SER INJUSTIÇADOS?

Acabo de ouvir, num programa de notícias, uns advogados a queixarem-se das “ilegalidades” praticadas nas detenções dos seus clientes que nem ideia faziam dos crimes pelos quais eram indiciados. Quando os “clientes” são aqueles que ontem a televisão mostrou a atacarem, de modo cobarde e feroz, os agentes de autoridade que estoicamente resistiram enquanto foi possível, nem o reconhecimento de que todos têm direito a ser defendidos justifica a indignação pública daqueles advogados a quem o bom senso deveria recomendar o recato que não tiveram.
Foi um longo período de tempo ao longo do qual algumas dezenas de provocadores destruíram a calçada para atirarem as pedras contra os polícias que, no cumprimento do seu dever, os impediam de invadir o edifício da Assembleia da República. Os desordeiros atacavam a polícia de modo impiedoso e desumano, o que, por isso, não poderia ser tolerado indefinidamente.
Foi inevitável a “carga” que a polícia anunciou que faria se, dentro de cinco minutos, os prevaricadores não abandonassem o local.
Eram facilmente identificáveis os mais activos na provocação e não terá sido ao acaso que a polícia deteve os que aqueles advogados dizem agora injustiçados no modo como foram detidos. Não podem ser consentidos estes dislates que mais desqualificam uma Justiça já tão mal vista. Aquelas desculpas manhosas podem dá-las nos tribunais mas nunca na comunicação social tentando alterar uma opinião pública que só pode recriminar comportamentos como os que ontem foram vistos.
Da violência, inevitável, da carga policial, terão sido vítimas, também, pessoas que, dizem, “apenas” assistiam aos acontecimentos. Quando se trata de uma tão grave perturbação da ordem social, da prática de verdadeiros crimes, apenas me ocorre perguntar: o que faziam ali? Apoiavam ou desincentivavam os que desrespeitavam a ordem e a lei?

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