Dentre as notícias de hoje, duas me chamaram particularmente a atenção.
Uma delas, sobre os resultados do
censo 2011, diz que diminuiu a população jovem em Portugal, sendo agora menos
de 15% do total, enquanto a população idosa aumentou para cerca de 20%.
Os resultados desta realidade são
temíveis e podem criar uma situação de solidariedade social impossível num
futuro não muito distante.
Sendo esta situação uma
consequência do modo de vida que já nos conduziu a esta situação que alguns países
ainda disfarçam mas que tende a tornar-se generalizadamente grave, é mais uma
prova de ser um autêntico suicídio continuar por esta via consumista e de
crescimento económico contínuo e acelerado, da qual resultará uma população desequilibrada
e incapaz de manter uma qualidade de vida satisfatória.
Por outro lado, a segunda má
notícia dá conta de se ter atingido um novo pico na emissão de gases de estufa
para a atmosfera, o que mais agravará os efeitos da actividade económica
intensiva na degradação ambiental.
Ainda que a primeira destas
notícias se refira apenas a Portugal, a verdade é que retrata uma situação
idêntica à dos demais países do chamado mundo desenvolvido, em alguns dos quais
se verificam condições de evolução ainda mais pessimistas, como é, por exemplo,
o caso da Alemanha.
Quanto aos gases de estufa, os
seus efeitos não têm fronteiras a afectarão por igual todos os países, quer os
produzam ou não.
Não vejo discutir estas questões ambientais quando se fala do futuro da economia mundial, como tampouco vejo referidos os
efeitos das distorções demográficas que resultam deste modo de vida que levamos.
Tomam-se estes factos como inevitáveis e, de um modo absolutamente patético,
vejo procurar soluções que os aceitem! O que muito me preocupa.
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