Quem, como eu, nada lucra com a
cor política do governo, é natural que prefira que governe quem melhor o possa
fazer. É, por isso, da maior importância a avaliação que cada um faça sobre
quem se propõe governar.
Como a realidade o demonstrou já,
não é possível adivinhar o que vai acontecer a partir de promessas eleitorais, mas
tal não significa que não haja indícios que nos possam mostrar quem poderá
merecer mais crédito através do discurso político e das premissas em que se
baseia.
Neste momento e sem que tal
constitua uma surpresa, são generalizados os protestos contra a austeridade que
atinge de modo duro a maioria da população portuguesa. Uma realidade que
oprtunistamente a oposição ao governo aproveita para o combater. Mas a cada dia
que passa se nota ser maior a compreensão dos riscos que uma crise política
nesta altura faria correr. É, também, esta a minha opinião, a de que uma
descontinuidade política nos levaria, agora, por caminhos que se podem dizer do
inferno!
Falam as oposições de alternativas
cujas propostas não passam de princípios demagógicos que, nem sequer, levam em
consideração a nossa dependência de entidades e de circunstâncias que não
dominamos e consideram como adquirida a certeza de que todas as propostas que fizessem
aos parceiros europeus e aos nossos credores seriam aceites.
Não posso acreditar que o governo
não tenha já feito já algumas dessas propostas, algumas com êxito e outras não,
além de que não é a mesma coisa dizer que se fariam e fazê-las quando se têm
responsabilidades de governar.
Não é mais possível viver de um
modo isolado neste mundo e, por isso, todas as propostas que se façam não devem
perder de vista esse facto, assim como não é possível não considerar as
circunstâncias externas que, sem qualquer dúvida, nos afectam. Por isso me
parecem sem razão de ser as atitudes do Partido Socialista que tal como aqui já
referi, mas agora de um modo mais frontal, pede a “mudança” que, julga, o
levariam de regresso ao poder, apesar dos seus maus desempenhos em governos
anteriores que dão toda a razão à afirmação de Margaret Tacher “o socialismo
dura até acabar o dinheiro dos outros”. Sem dúvida, por isso, tantas mudanças são
necessárias que não a que o PS reclama.
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