Portugal está numa
encruzilhada onde a decisão que tomar decidirá o seu futuro mesmo a curto
prazo.
Numa “guerra” dura, quando
é natural que todos juntem as suas forças para a ganhar, seria de esperar que o
PS se juntasse ao grupo dos que querem salvar Portugal e os seus princípios
mais nobres, aqueles onde a solidariedade está presente.
O Estado Social é isso
mesmo, a solidariedade através do Estado que é dever de qualquer governo
garantir de um modo sustentado e naturalmente justo.
O Estado Social não pode
ser bandeira deste ou daquele partido nem tem como “pai” este ou aquele, porque
faz parte da tradição portuguesa e do modo de viver que, em maioria, desejamos.
Apesar de ser assim, o PS
diz que recusa participar no seu desmantelamento quando, como bem o sabe, do
que se trata é de evitar o seu colapso que a situação financeira herdada de um
seu governo causará se não houver o cuidado de a sanear em função de um
projecto de futuro que é urgente definir com inteligência e de um modo
continuado.
É para a definição de um
Estado saudável que possa suportar, sem sacrifícios excessivos, os serviços e
as funções próprias de um Estado Social que o governo solicitou a participação
do PS que, por todas as razões, não encontrará forma para justificar uma
recusa.
Ainda que Seguro se
afadigue em discursos populistas e inflamados que pretendem fazer crer que só o
PS poderá evitar as desgraças das quais os delírios de grandeza de governos
seus foram a causa maior, a ninguém passará despercebido este papel do lobo que
se quer fazer passar por cordeirinho! É política de baixo nível, mesmo, à qual
Portugal não se pode sujeitar sem gravíssimos riscos.
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