ACORDO ORTOGRÁFICO

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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

DAQUELA TOCA, NÃO SAI COELHO…


A preocupação que sinto pelo futuro, leva-me a estar atento ao que dizem os políticos, em particular os do PS e o Presidente da República. Os demais, não vale a pena ouvi-los porque não têm uma posição especial para a situação que vivemos. A estratégia é sempre a mesma seja em relação ao que for.
Quanto ao governo, parece ter adoptado a atitude de “deixá-los falar porque hão-de calar-se”!
Os políticos há séculos que desenvolvem a técnica de falar sem dizer nada, seja aqui seja em qualquer lado do mundo e, quando dizem e têm de se desdizer, também não sentem a mínima dificuldade em dar a volta ao discurso para que pareça que foi mesmo o contrário que quiseram dizer. Mas no momento actual, noto que as duas entidades que falam dizem sempre o mesmo. Em suma, não dizem!
O Presidente da república resguarda-se num silêncio institucional ou em frases que nada dizem. Acho bem porque não é hora de lançar achas na fogueira.
Quanto ao PS, o maior Partido da Oposição do qual se espera uma atitude de crítica construtiva, é fácil reconhecer nos discursos de Seguro uma sequência quase imutável de frases sempre iguais e de conteúdo pobre e de uma vacuidade sem mais tamanho, o mesmo acontecendo nos do seu braço direito, o inevitável Zorrinho que tem largas culpas no rol de desgraças que nos atingem!
Ontem, numa entrevista na TV, mesmo quando interpelado pela jornalista, Seguro aumentava o tom de voz e não parava de falar para ouvir o que a jornalista tentava dizer-lhe, não fosse perder o fio à meada! Aquilo tinha tudo de lenga-lenga que se recita de um fôlego que, se interrompido, tem de voltar ao princípio.
Em dezenas de discursos não muda uma frase, um sentido sequer. Não faz um esgar, não esboça um sorriso nem um simples ar de desagrado. Simplesmente, debita!
Inquerido sobre o que seria o seu primeiro acto de governo se fosse, agora, Primeiro Ministro, disse que seria negociar juros e prazos da dívida, coisa que os outros, por certo, já fizeram e continuarão a fazer. Já houve, até, resultados. Mas negociar não é garantir o resultado que se deseja e sempre tem implíta um troca. Que ofereceria Seguro? Ou simplesmente faria a "voz grossa" de que fala Freitas do Amaral?
Depois, Seguro diz que adoptaria medidas para o crescimento económico que permitiriam acabar com a austeridade, baixando os impostos, blá, blá, blá… A conversa típica eleitoral que peomete o que até sabe não poder cumprir.
Que medidas seriam não disse e nem sequer falou no quanto seria necessário crescer, nem ao fim de quanto tempo sentiríamos os efeitos. Ou Seguro é daqueles que julgam que o trigo se colhe antes de o semear?
Enfim, Não me parece que daquela toca saia coelho…
E as minhas preocupações continuam!

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