ACORDO ORTOGRÁFICO

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terça-feira, 28 de outubro de 2014

ALUCINAÇÕES


Não ver o que existe é cegueira ou distracção, mas ver o que não existe é, com certeza, alucinação!
Então, só pode ser isso o que aconteceu naquele jogo que, há pouco tempo, o Sporting disputou na Alemanha, no qual, mesmo diante dos seus olhos, um árbitro viu o que mais ninguém conseguiu ver, apesar das avançadas tecnologias que permitem a verificação ao pormenor.
Foi um mais do que evidente desrespeito ou, então, uma atitude que interesses obscuros possam ter ditado, o que o Clube português não poderia deixar de contestar, mesmo que quase certo do desfecho que, por decisão da UEFA, viria a acontecer porque, como um velho ditado diz “quem se não sente não é filho de boa gente”.
Quase posso ter a certeza de que tal coisa jamais aconteceria se, em vez do Sporting, fossem o Real Madrid, o Bayern, o Manchester ou quaisquer outros clubes de outros países, incluindo o próprio adversário do Sporting, do qual um director se permitiu brincar com o sucedido e com o presidente da UEFA, Platini, e com o seu “sistema” que, afinal, reconheceu que existe e muito agradece.
Não me surpreende o que acontece quando o próprio futebol português se desrespeita em atitudes que toma, por corrupções que não combate e muito menos condena, em conluios que pratica e em desmandos que consente no próprio “sistema” que montou.
É, no mínimo, estranho que mais ninguém, senão o mais directamente ofendido, tenha manifestado indignação por tamanha afronta que bem mostra como o que é português é olhado nos areópagos internacionais do futebol.
Fez o Sporting o que lhe competia, dignificando o futebol português com o combate que, contra tudo e contra todos, travou contra um clube que capitais russos fazem um dos mais ricos do mundo e manifestando a sua mais do que justa indignação pelos erros grosseiros de que foi vítima, praticados por árbitros russos também.
Até no futebol Portugal cuida mal dos seus interesses quando, sem revolta, consente que verdadeiras máfias o dominem e façam dele uma presa que nenhuma lei ou autoridade parece defender.


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