Então, só pode ser isso o
que aconteceu naquele jogo que, há pouco tempo, o Sporting disputou na
Alemanha, no qual, mesmo diante dos seus olhos, um árbitro viu o que mais
ninguém conseguiu ver, apesar das avançadas tecnologias que permitem a
verificação ao pormenor.
Foi um mais do que evidente
desrespeito ou, então, uma atitude que interesses obscuros possam ter ditado, o
que o Clube português não poderia deixar de contestar, mesmo que quase certo do
desfecho que, por decisão da UEFA, viria a acontecer porque, como um velho
ditado diz “quem se não sente não é filho de boa gente”.
Quase posso ter a certeza
de que tal coisa jamais aconteceria se, em vez do Sporting, fossem o Real
Madrid, o Bayern, o Manchester ou quaisquer outros clubes de outros países,
incluindo o próprio adversário do Sporting, do qual um director se permitiu
brincar com o sucedido e com o presidente da UEFA, Platini, e com o seu “sistema”
que, afinal, reconheceu que existe e muito agradece.
Não me surpreende o que
acontece quando o próprio futebol português se desrespeita em atitudes que
toma, por corrupções que não combate e muito menos condena, em conluios que
pratica e em desmandos que consente no próprio “sistema” que montou.
É, no mínimo, estranho que
mais ninguém, senão o mais directamente ofendido, tenha manifestado indignação por tamanha afronta
que bem mostra como o que é português é olhado nos areópagos internacionais do
futebol.
Fez o Sporting o que lhe
competia, dignificando o futebol português com o combate que, contra tudo e
contra todos, travou contra um clube que capitais russos fazem um dos mais
ricos do mundo e manifestando a sua mais do que justa indignação pelos erros
grosseiros de que foi vítima, praticados por árbitros russos também.
Até no futebol Portugal
cuida mal dos seus interesses quando, sem revolta, consente que verdadeiras
máfias o dominem e façam dele uma presa que nenhuma lei ou autoridade parece
defender.
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