Apesar de manter todas as
críticas que fiz ao modo de realizar esta reforma da Justiça que, tal como
outras, vai dividindo Portugal em vários “mapas” em vez de um apenas que
correspondesse a uma divisão administrativa adequada às características do país
e aos seus objectivos globais, a Justiça dá-se, agora, conta de razões que,
para além de todas as precipitações, terão contribuído para o “desastre” que se
seguiu. “Chefias intermédias” poderão ter omitido informações importantes ou
algo mais do que isso poderá ter boicotado a readaptação do “citius” e
originado toda a bagunça que se seguiu.
O que nada me sossega em
relação à incompetência revelada pelo ministério. Pelo contrário, mais me
assusta que num país civilizado onde se criou uma situação anormal de disputa
do poder, aconteçam coisas que parecem à medida de uma conspiração ou podem
ser, apenas, a consequência de uns serviços onde a desorganização permite que
coisas assim facilmente aconteçam.
Agora chora-se sobre o
leite derramado e a Justiça vai ter de resolver dentro de si questões em
relação às quais “os juízes exigem que a investigação a alegados crimes que
terão estado na origem do colapso do Citius seja aberta com urgência e
realizada com rapidez para que revele o quanto antes conclusões e eventuais
responsáveis”.
Maria José Costeira, secretária-geral
da Associação Sindical dos Juízes Portugueses, afirma que “a situação é
gravíssima. A suspeita de que ocorreram omissões ou boicote na plataforma tem
de ser rapidamente esclarecida para evitar mais danos na credibilidade da
justiça”.
Mas será apenas a credibilidade da Justiça que está em causa?
Mas será apenas a credibilidade da Justiça que está em causa?
Eu leio todas estas
notícias e fico siderado!
E quando conjugo o que
nelas se diz com outras coisas que acontecem em relação a uma eventual
transição de poder que tem tudo para ficar marcada por profundas
irregularidades, por jogos de mentiras e meias verdades mas, também, pela falta
de jeito de um governo que parece gostar de se auto-flagelar, fico preocupado
com o futuro deste país.
Por tudo isto estou de
acordo com a urgência a que os juízes exigem na investigação dos alegados
crimes que terão estado na origem do colapso do Citius, que seja aberta com
urgência e realizada com rapidez para que, depressa, se possam conhecer os
presumíveis responsáveis.
Parece-me grave a situação
e, por isso, exigente de um completo e total esclarecimento dos interesses nela
envolvidos.
E bem depressa e mesmo antes de outras questões que espertezas saloias agora levantam para mais depressa consumar o PGC (????).
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