ACORDO ORTOGRÁFICO

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domingo, 26 de outubro de 2014

UM “CITIUS” QUE NÃO FOI LONGE E UMA POSSÍVEL CONSPIRAÇÃO PARA QUE NÃO FOSSE


Apesar de manter todas as críticas que fiz ao modo de realizar esta reforma da Justiça que, tal como outras, vai dividindo Portugal em vários “mapas” em vez de um apenas que correspondesse a uma divisão administrativa adequada às características do país e aos seus objectivos globais, a Justiça dá-se, agora, conta de razões que, para além de todas as precipitações, terão contribuído para o “desastre” que se seguiu. “Chefias intermédias” poderão ter omitido informações importantes ou algo mais do que isso poderá ter boicotado a readaptação do “citius” e originado toda a bagunça que se seguiu.
O que nada me sossega em relação à incompetência revelada pelo ministério. Pelo contrário, mais me assusta que num país civilizado onde se criou uma situação anormal de disputa do poder, aconteçam coisas que parecem à medida de uma conspiração ou podem ser, apenas, a consequência de uns serviços onde a desorganização permite que coisas assim facilmente aconteçam.
Agora chora-se sobre o leite derramado e a Justiça vai ter de resolver dentro de si questões em relação às quais “os juízes exigem que a investigação a alegados crimes que terão estado na origem do colapso do Citius seja aberta com urgência e realizada com rapidez para que revele o quanto antes conclusões e eventuais responsáveis”.
Maria José Costeira, secretária-geral da Associação Sindical dos Juízes Portugueses, afirma que “a situação é gravíssima. A suspeita de que ocorreram omissões ou boicote na plataforma tem de ser rapidamente esclarecida para evitar mais danos na credibilidade da justiça”.
Mas será apenas a credibilidade da Justiça que está em causa?
Eu leio todas estas notícias e fico siderado!
E quando conjugo o que nelas se diz com outras coisas que acontecem em relação a uma eventual transição de poder que tem tudo para ficar marcada por profundas irregularidades, por jogos de mentiras e meias verdades mas, também, pela falta de jeito de um governo que parece gostar de se auto-flagelar, fico preocupado com o futuro deste país.
Por tudo isto estou de acordo com a urgência a que os juízes  exigem na investigação dos alegados crimes que terão estado na origem do colapso do Citius, que seja aberta com urgência e realizada com rapidez para que, depressa, se possam conhecer os presumíveis responsáveis.
Parece-me grave a situação e, por isso, exigente de um completo e total esclarecimento dos interesses nela envolvidos.
E bem depressa e mesmo antes de outras questões que espertezas saloias agora levantam para mais depressa consumar o PGC (????).


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