Não é sobre esta “política”
que aqui costumo reflectir, mas não posso deixar passar em claro este facto que
pretendo registar nesta minhas “memórias”.
Como na política há, em
outros domínios, coisas que já dificilmente me surpreendem e esta é uma delas.
Aliás nem surpreenderá muita gente que já se havia dado conta de certas atitudes
e de procedimentos que faziam crer em influências estranhas à competência na
escolha dos que faziam parte da Selecção Nacional de futebol, treinador incluído.
Em todo o caso, restam
sempre as dúvidas que, numa entrevista à Rádio Renascença, ficam dissipadas
quando Manuela Cajuda diz: "Fui
hipótese (para ser seleccionador nacional) quando o Paulo Bento entrou. Nessa
altura percebi a realidade. Um vice-presidente perguntou-me se eu conhecia
alguém importante no Espírito Santo, depois perguntou-me se eu era amigo de um
determinado empresário e se tinha alguma coisa com uma marca de equipamentos. Disseram-me
que em princípio não seria o seleccionador nacional". (João Ruela,
Diário de Notícias)
É por coisas como esta
que, mau grado todos os incómodos que me causa, me deixa feliz a insistência do
Sporting na clarificação do futebol nacional manietado por interesses
reprováveis e dirigido por quem não tem as qualidades morais que deveria ter.
Este país inquinado por
interesses escondidos em quase todos os aspectos da sua vida necessita, mesmo,
de uma limpeza profunda e não é apenas na política!
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