Faz ainda poucos dias que,
num daqueles programas sobre futebol em que participa o ex-árbitro Jorge
Coroado, me dei conta de uma estória digna de ser contada e reflectida. Decerto
por isso Coroado a incluiu no livro que escreveu e que outro dos participantes
tinha na mão para comentar.
Um dia, no Estádio das
Antas, João Pinto, o capitão do FCP, cometeu uma falta grosseira e muito dura sobre
um adversário, pela qual foi admoestado com um simples cartão amarelo. O que,
inevitavelmente, surpreendeu quase toda a gente para quem o vermelho directo
era a sanção mais do que adequada.
Obviamente que houve gente
para quem a atitude do árbitro foi digna de louvor.
Não entendeu Jorge Coroado
que o fosse porque, dias mais tarde, quando se encontrou algures com esse
colega, lhe fez um reparo sobre a brandura daquele amarelo em caso de tamanha
violência. Obteve por resposta um seco “estás doido, eu ia expulsar, nas Antas, o
capitão da equipa do porto?”
Não é fácil descortinar o
que estará por detrás desta resposta tão peremptória, se um simples medo da
reacção dos delicados adeptos portistas se outra coisa qualquer que,
igualmente, era para ele motivo para não respeitar as leis das quais, como juiz, era
seu dever cuidar.
Se a estória se ficasse
por aqui, já seria digna de destaque ainda que todos estejamos muito habituados
ao que com a arbitragem se passava, ou passa ainda sei lá, como umas certas
gravações de conversas telefónicas, sem qualquer dúvida, revelaram, gerando uma
situação de perdão deveras inacreditável.
O caso lembra-me, até, uma
anedota antiga de alguém que decide alertar um amigo para o que se passava e só
ele não via. Informou-o e levou-o a um local de onde podia ver a mulher e o seu
“amigo” entrarem na unidade hoteleira e, até, entrarem no quarto onde, sempre
em dias certos, tinham a sua orgia a dois.
Puseram-se à vontade e,
depois, fecharam a janela!
Foi o bastante para o “enganado”
se sentir na dúvida…
Mas a estória de Coroado
vai mais longe ao informar que esse agora ex-árbitro tem funções de informador
dos desempenhos dos árbitros, as quais todos sabemos como são controladas !!!
Não há dúvida que a
corrupção no futebol português é como certos répteis que se refazem por mais
amputados que sejam, a menos que, um dia, fiquem sem cabeça!
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