Numa entrevista ao “Notícias ao Minuto”, o
presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento falou da
importância de levar em séria conta os efeitos das alterações climáticas que
nos obrigarão a adaptações significativas no nosso modo de viver.
Para além do aquecimento global que já não há
como ignorar e, muito menos, afirmar ser uma invenção dos chineses para
prejudicar a economia americana (Donald Trump), o “tempo” apresenta outras
alterações também, tanto na intensidade como na frequência da generalidade dos
fenómenos meteorológicos.
A seca profunda que vivemos, a qual resulta
de épocas secas sucessivamente mais intensas como tem ocorrido ao longo dos
últimos anos, é causa de grandes preocupações pois, a continuar assim, irá
obrigar-nos a um modo de vida completamente diferente daquele a que estávamos
habituados, obrigando-nos, por vezes, a geri-la quase gota a gota.
Haverá épocas de cheias intensas, assim como
as grandes secas se tornarão mais frequentes, obrigando-nos a lidar com a água
de um modo diferente
A água, tão indispensável à vida que sem ela a
vida nem existe, obrigar-nos-á, muitas vezes a utilizá-la de um modo bem
diferente, fazendo poupanças a que não estamos habituados. Por isso é bom que
nos habituemos a olhá-la como um bem essencial muito escasso.
O “ciclo natural da água” sofrerá
modificações profundas, sendo a variação da quantidade de água contida no
reservatório terrestre (solo, linhas de água e lagos), a que maiores problemas
nos causará, em consequência das variações profundas que sofrerá.
Por isso, as transferências de água entre períodos
húmidos e secos terão de ser cada vez mais cuidadas e garantidas, assim como as
infraestruturas que evitem cheias excessivas em áreas urbanas terão de ser
repensadas a adaptadas à novas condições de vida em que não será a troca de
carro, a compra do último modelo de telemóvel e outras inutilidades, a moda nem
a cozinha estrelada pela Michelin o que mais nos preocupará.
A sobrevivência passará a ser a nossa
preocupação dominante.
Mas, ao contrário do que diz o presidente do CNAD, apenas passará a ser um luxo sem sentido
usar nos autoclismos a mesma água que temos nas nossas torneiras, quando a
falta de água nos obrigar a não tomar banho, assim como nos impeça outras
utilizações que nos proporcionam o conforto que poderemos vir a perder.
A poupança de água não se fará no tratamento
a que a submetemos para que o seu consumo seja seguro, mas sim evitando os
excessos com que nos habituámos a utlizá-la.
Mas muito melhor e menos penoso seria abdicarmos do que tem feito acelerar o aquecimento global, este consumismo excessivo a que nos habitámos porque a "economia do milionários egoístas" nos deslumbra com a vida faustosa que levam.
Mas muito melhor e menos penoso seria abdicarmos do que tem feito acelerar o aquecimento global, este consumismo excessivo a que nos habitámos porque a "economia do milionários egoístas" nos deslumbra com a vida faustosa que levam.
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