ACORDO ORTOGRÁFICO

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quinta-feira, 19 de outubro de 2017

AFINAL, ROUBARAM O QUE?



Disse, em tempos, o Ministro da Defesa, José Alberto Azeredo, que “não sei se alguém entrou em Tancos. No limite, pode nem ter havido furto” o que talvez seja consequência da óbvia fraqueza dos mecanismos de vigilância e segurança e a ausência de um sistema de inventário em tempo real.
O que entretanto se ouviu dizer deste episódio que decorreu nos paióis de Tancos, não passa de coisas desencontradas que nos deixam desinformados sobre o que aconteceu.
 Não sabe o ministro, a quem foram entregues as conclusões dos inquéritos dos diversos ramos das Forças Armadas e da Inspeção-Geral da Defesa Nacional encomendados no rescaldo do assalto, se houve furto ou o que foi furtado.
Provavelmente nem aconteceu nada.
O chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas afirmou que o roubo em Tancos “representou um soco no estômago”, mas adiantou que o material militar furtado está avaliado em apenas 34 mil euros e tinha sido “seleccionado para abate”.
Coisa sem importância, portanto.
Também li que no dia do furto, se o houve, havia apenas dez militares na segurança dos paióis, com armas sem munições!
Tretas de jornalistas, decerto. Seria lá isto possível?
Outras coisas mais se disseram e agora o material alegadamente roubado aparece em Coruche em condições que parece não ter acontecido mais do que uma mudança de lugar.
Mas de qual material se trata?
Que material foi roubado, afinal?
Diz-se que, no que apareceu devido a uma denúncia anónima, faltam apenas cerca de 1500 munições de 9mm.
Afinal havia quem soubesse o que foi roubado.
Enfim, eu que fui militar em Tancos, ali fiz a primeira parte do meu curso de oficias milicianos, nem consigo imaginar, pensando em como as coisas se passavam no meu tempo, como foi possível entrar numa zona da qual nem cometíamos a leviandade de nos aproximar!
É mais uma daquelas coisas que acontecem nestes tempos em que parece ser possível roubar e queimar tudo porque as nossas preocupações são outras.
Afinal o que não será preciso reestruturar neste país que só cuida do défice?

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