“O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg,
afirmou, numa entrevista em Bruxelas a propósito da tensão existente entre os
EU e a Coreia do Norte, que "o uso da força militar terá consequências
desastrosas, penso que ninguém quer verdadeiramente isso".
Não tenho dúvidas da gravidade da situação
que se criaria com o conflito militar que as afirmações tanto de Trump como de
Kim Jong-un fazem temer, mas não imagino como será travada uma escalada que
cria condições para que as consequências possam ser cada vez piores.
Não me esqueço da promessa de Trump para
reforçar a força nuclear americana, assim como não posso deixar de me dar conta
do reforço constante do poderio nuclear que a Coreia do Norte está a criar, o
que me parece da maior gravidade quando o poder não é escrutinado e um ditador
tem poder absoluto.
Por isso eu não preciso, não precisará
ninguém, que se fale da gravidade de um conflito militar que parece cada vez
mais possível de acontecer, mas sim de que se fale de soluções que não sejam
satisfazer as birras do “rapaz dos foguetes” que, mesmo assim, não creio que
desista do poder bélico que pretende cada vez maior.
Não se tinha a ideia de que a Coreia do Norte
precisaria ainda de dez anos para ter capacidade nuclear significativa?
Pois era um profundo erro, uma cilada em que
os americanos são hábeis em cair.
Mas continuamos sem soluções pacíficas pelo
que, infelizmente, começo a sentir ser a solução militar cada vez mais
provável.
Deixadas chegar as coisas a este ponto, as
consequências desastrosas tornam-se praticamente inevitáveis e o melhor será
evitar que se tornem mais desastrosas ainda, sendo pertinente perguntar até quando, perante
as provocações norte-coreanas, será possível resistir à tentação de lhes
corresponder.
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