E assim Costa salvou a pele com aquele velho truque de despedir o “escravo” para quem passou as culpas da sua incúria.
Agora está tudo resolvido que é como quem
diz que fica tudo na mesma, com um relatório técnico-científico sobre o qual
tenho dúvidas, a começar pela cientificamente determinada causa da origem do incêndio, o
qual tem a grande virtude de desresponsabilizar Costa dos erros que possa vir a
cometer neste domínio dos incêndios florestais.
Quantas vezes já vi isto na minha vida,
porque é assim que se faz em Portugal?
Arranja-se uma vítima que terá de ser publicamente
humilhada, mesmo que antes tenha recebido os maiores elogios e provas de fundamentadas
provas de confiança, o que Costa percebeu não ser a melhor forma de enfrentar
um povo zangado pela evidente incompetência de um Governo que deixa que uma
tragédia sem precedentes nos tempos modernos aconteça, porque outras coisas
politicamente mais rentáveis lhe interessam e mobilizavam toda a atenção do seu Governo.
Um culpado, uma cartilha de bons
procedimentos que o Governo promete, fiel e cegamente, pôr em prática, ao que se juntam promessas
de apoios que, por mais generosos que sejam jamais reporão o que a tragédia
levou e passa-se uma esponja por cima disto tudo até ao dia em que voltaremos a
sofrer os danos de erros que, acumulados durantes muito tempo, se não reparam
de um dia para o outro, enquanto perdurem interesses difíceis de serem
contrariados que são a sua maior causa.
Tudo isto faz parte dos procedimentos
triviais, dos procedimentos políticos que acalmam a turba mas não resolvem nada!
Mas o futuro o dirá.
Agora, que sentido fará uma moção de
censura ao Governo se tudo já ficou resolvido?
Preparava-a Cristas, esfregava as mãos o PSD,
estavam com dúvidas os parceiros de Geringonça, mas Costa tirou-lhes o tapete!
Nós? Como de costume, passada a hipocrisia da
desobriga solidária… partimos para outra, com o descuido de quem não pensa que, um dia, a desgraça lhe pode bater à porta.
Sem comentários:
Enviar um comentário