Jamais me passou pela cabeça que pudesse
acontecer, mas aconteceu. Um governo completamente desnorteado e sem saber o
que fazer, perante a maior tragédia relativa a incêndios florestais no nosso
país é apanhado de surpresa (!!!) e não sabe o para onde se virar.
Pior do que isso, deixa que aconteça de novo! E a razão para o segundo drama é a suprema estupidez: a época dos incêndios tinha acabado e, por isso, foram reduzidos os meios de prevenção e de combate!!!
Pior do que isso, deixa que aconteça de novo! E a razão para o segundo drama é a suprema estupidez: a época dos incêndios tinha acabado e, por isso, foram reduzidos os meios de prevenção e de combate!!!
Talvez a culpa seja apenas de São Pedro que
não mandou chover quando devia… Pois claro!
Inacreditável, mas verdadeiro e profundamente
trágico, mostra um governo completamente desapegado da realidade e, pior do que
isso, longe dos cuidados que deveria ter para com o povo que se propôs governar, mas
em relação a cuja segurança mostrou uma frieza a rondar a indiferença.
Afinal, as chamas não mataram mais do que
gente vulgar cujo nome nunca veio nos jornais nem destruiu os bens de gente
conhecida.
Os malditos incêndios parecem ter um gosto
especial pelo Zé Povinho que vive lá para o Interior cada vez mais deserto e
abandonado.
Deslumbrado pelos “números trabalhados”, os
quais, perante uma Europa que com montes de dinheiro nos tem comprado a alma,
lhe granjeiam elogios, tudo o mais que faz é porque a “geringonça” o vai
exigindo em troca do seu indispensável apoio na AR, a isso o obrigam os protestos dos
funcionários públicos cujas greves poderiam causar profundas mossas ou os interesses
eleitoralistas que jamais se podem perder de vista.
Desta vez foi, também, a pressão do
Presidente da República, pela cabeça de quem talvez tenha passado a ideia de
dissolver a AR, o que levou um governo assustado a aceitar pacificamente, como
se de um caderno de encargos se tratasse, um relatório técnico-científico sobre
o qual, deste modo, declina a responsabilidade de decisões que deveriam ser da
sua exclusiva competência, pois não me parece que nele se encontre algo que não
fosse já sabido e muitas, muitas vezes reclamado.
Ai é assim? Deixa lá ver que eu faço!
Ai é assim? Deixa lá ver que eu faço!
Abro uma excepção para o que diz respeito à
origem dos incêndios, a propósito do que não entendi se se trata de uma
hipótese possível e, por isso, admitida como tal ou se de uma conclusão
“científica” que não vejo como a ela se tenha chegado.
As desobrigas cheiram-me a mentiras e aquele
pedido de desculpas do Primeiro Ministro, depois de muito instado para o fazer,
disso não terá passado.
Mas quem foi de férias foi a ministra que
talvez nos pudesse esclarecer de muita coisa acerca do seu pedido de demissão em Junho
e sobre as razões da aceitação que, então, não teve, porque não era, decerto, oportuno conceder-lhe uma demissão que, sem explicações daria origem a especulações desagradáveis.
Mas isso talvez nunca viremos a saber. Nem nos interessa porque é mais fácil brincar com as férias de senhora!
Mas de uma coisa sei, Costa nunca deixaria
que fossem criadas condições para que as culpas pudessem ser-lhe atribuídas!
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