ACORDO ORTOGRÁFICO

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segunda-feira, 16 de outubro de 2017

CONSTRUIR OU NÃO APROVEITAMENTOS HIDRÁULICOS?



Seria uma felicidade conseguir manter a Natureza intocada, sem as consequências das agressões bárbaras que o “crescimento económico” consumista lhe faz, o que, sem dúvida, terá como limite, mais ou menos distante mas inevitável, a destruição da própria Humanidade.
O mundo muda a cada instante, ao que teremos de nos adaptar e nos fará abdicar de algumas coisas que gostaríamos de manter para, na sua vez, ter outras que permitam satisfazer reais necessidades como é, por exemplo, a disponibilidade desse bem tão precioso e indispensável que é a água!
Neste ano de forte seca que estamos a viver, são as barragens, tão esconjuradas por alguns ambientalistas extremados, que ainda nos permitem dispor de alguma porque constituem a reserva que supre o que a Natureza nos não tem dado.
Tudo leva a crer que, com as alterações climáticas previstas, as situações extremas, de forte pluviosidade e de seca, mais raras outrora, sejam agora as mais frequentes, com uma probabilidade de ocorrência maior.
Os próximos anos nos mostrarão quanto, apesar das indicações que o tempo actual já nos dá.
As barragens, ou aproveitamentos hidráulicos se preferirmos, submergem terrenos, alteram paisagens e até podem dar origem a alterações em microclimas mas, apesar disso, regularizam caudais que, assim, podem ser melhor utilizados, incluindo a produção de energia limpa, amenizam períodos de cheias e de secas, recarregam camadas freáticas e, sobretudo, criam reservas que utilizamos em períodos de escassez.
A água que é, sem dúvida, o elemento mais abundante da Natureza é, também e apesar disso, um bem escasso nas utilizações indispensáveis correntes como a alimentação, a higiene e a rega, para além da produção de energia e, por isso, carece de uma gestão criteriosa, na qual a construção de barragens para criação de albufeiras (lagos artificiais) onde se criem reservas, tem o seu lugar importante.
O aumento populacional da Terra, quase exponencial ao longo das últimas décadas (a população mundial, desde que eu nasci já mais do que triplicou), tem proporcionado aos amantes do consumismo as condições ideais para fazer crescer a “economia”, nome que dão às condições criadas por hábitos de consumos supérfluos que fazem os multimilionários deste mundo, em detrimento dos que tenta satisfazer as suas necessidades essenciais.
Assim é a vida, feita com recursos limitados que obrigam a opções que podem ser, por exemplo, entre a beleza de um vale que nos agrada admirar e a disponibilidade de um bem que nos permite viver.

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