Seria uma felicidade conseguir manter a
Natureza intocada, sem as consequências das agressões bárbaras que o
“crescimento económico” consumista lhe faz, o que, sem dúvida, terá como
limite, mais ou menos distante mas inevitável, a destruição da própria
Humanidade.
O mundo muda a cada instante, ao que teremos
de nos adaptar e nos fará abdicar de algumas coisas que gostaríamos de manter
para, na sua vez, ter outras que permitam satisfazer reais necessidades como é,
por exemplo, a disponibilidade desse bem tão precioso e indispensável que é a
água!
Neste ano de forte seca que estamos a viver,
são as barragens, tão esconjuradas por alguns ambientalistas extremados, que
ainda nos permitem dispor de alguma porque constituem a reserva que supre o que
a Natureza nos não tem dado.
Tudo leva a crer que, com as alterações
climáticas previstas, as situações extremas, de forte pluviosidade e de seca,
mais raras outrora, sejam agora as mais frequentes, com uma probabilidade de
ocorrência maior.
Os próximos anos nos mostrarão quanto, apesar
das indicações que o tempo actual já nos dá.
As barragens, ou aproveitamentos hidráulicos
se preferirmos, submergem terrenos, alteram paisagens e até podem dar origem a
alterações em microclimas mas, apesar disso, regularizam caudais que, assim,
podem ser melhor utilizados, incluindo a produção de energia limpa, amenizam
períodos de cheias e de secas, recarregam camadas freáticas e, sobretudo, criam
reservas que utilizamos em períodos de escassez.
A água que é, sem dúvida, o elemento mais
abundante da Natureza é, também e apesar disso, um bem escasso nas utilizações indispensáveis
correntes como a alimentação, a higiene e a rega, para além da produção de
energia e, por isso, carece de uma gestão criteriosa, na qual a construção de
barragens para criação de albufeiras (lagos artificiais) onde se criem reservas,
tem o seu lugar importante.
O aumento populacional da Terra, quase
exponencial ao longo das últimas décadas (a população mundial, desde que eu
nasci já mais do que triplicou), tem proporcionado aos amantes do consumismo as
condições ideais para fazer crescer a “economia”, nome que dão às condições
criadas por hábitos de consumos supérfluos que fazem os multimilionários deste
mundo, em detrimento dos que tenta satisfazer as suas necessidades essenciais.
Assim é a vida, feita com recursos limitados
que obrigam a opções que podem ser, por exemplo, entre a beleza de um vale que
nos agrada admirar e a disponibilidade de um bem que nos permite viver.
Sem comentários:
Enviar um comentário