ACORDO ORTOGRÁFICO

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segunda-feira, 9 de outubro de 2017

OBRIGADO PASSOS COELHO



Tudo o que começa tem um fim e Passos Coelho sabia, decerto, que o seu tempo, aquele em que foi decisivo na contenção da desgraça para a qual alegremente caminhávamos, dirigidos por um Primeiro Ministro egoísta e inconsciente, não poderia durar muito.
Aliás, ele próprio disse não pensar em eleições quando o importante era salvar o país. O que fez do único modo como se curam as doenças graves, com dor pois, como dizia o sábio povo de outrora, “quem se cura não se regala”.
Não seria necessário consultar um dos muitos “bruxos” que andam por aí para saber que assim iria acontecer.
Mas conseguiu, apesar da incompreensão de que foi e continua a ser alvo, recuperar a dignidade e a credibilidade de um país que as tinha pelas ruas da amargura.
Não acredito que Costa que, hipocritamente se recusa a reconhecer os méritos da situação que Passos lhe legou, fosse capaz da verdadeira proeza do governo de Passos Coelho, como não creio que este fosse o mais indicado para fazer o que, depois de si, era necessário fazer.
O pior é que as coisas nunca são tão lineares assim, porque a vida tem altos e baixos, o que terá inspirado também o povo a dizer que “não há bem que sempre dure nem mal que o ature”!
Por isso não acredito que as velas do barco continuem enfunadas porque também o vento não sopra sempre do mesmo lado e, de repente, muda.
Não se faz futurologia quando se diz o que o bom senso já sabe e não vejo que o estado do mundo nos dispense dos cuidados apertados que a situação requere porque, em breve, a recessão estará aí, na sequência do ciclo que já conheço há dezenas de anos.
Mas não era por aqui que me queria perder, pois apenas pretendia agradecer a Passos Coelho o que fez pelo país, pelo que é tão maltratado, sobretudo porque os que lhe sucederam a isso a todos instigam.
Gostaria de saber o que faria Costa se sucedesse a Sócrates. O mesmo que Mário Soares e Guterres cujos socialismos extremados nos levaram a estender a mão à caridade.
Pena se voltarmos a isso.  

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