Até parece que só agora abrimos os olhos para
a verdade da vida, despertando do sonho em que tantas maravilhas nos deslumbravam,
mesmo quando a razão nos dizia que as coisas se não podiam passar assim.
As revistas cor-de rosa e, agora, os
programas que, na televisão, as continuam numa mexeriquice de bradar ao céus,
levaram muita gente a fazer seus ídolos os que conseguiam, aparentemente sem
grande esforço, alcançar o que para eles talvez nem a “sorte grande” lhes daria.
Vidas fantásticas de gente que, quais deuses
de mitologia, vivem num Olimpo inacessível, onde se regalam com mordomias que o
cotão dos seus bolsos não pode comprar.
Aceitam esta “realidade” como coisa do
destino que com tais maravilhas os não brindou e ficam-se pela satisfação que
um deslumbramento masturbador lhes possa trazer.
Mas, mais cedo ou mais tarde, a realidade
impõe-se e os deuses de outrora viram ídolos de pés de barro que se
empanturravam em pornográficos banquetes que a nossa imaginação pagava.
E quando um cai não vai só porque o barulho
que faz nos acorda e faz ver tudo o mais que, afinal, não passa de uma ilusão
feita de hipocrisia.
A política e Hollywood quase se desmoronam
com a enxurrada de tanta porcaria que flui e põe à vista os métodos que os “deuses”
usavam para subir na vida e para disfrutar dos prazeres que, julgávamos nós, a
sorte só para eles reservara.
Creio, apesar do muito que já aconteceu e
ainda há bem pouco tempo nos parecia impossível de acontecer, sejam acusações
graves a políticos ou o desfazer dos mitos dos sóis de Hollywood, que
estaremos, apenas, no começo de um vendaval cujos ventos se tornarão mais
fortes e nos trarão bastante mais lixo que teremos de limpar.
Talvez assim, um dia o mundo fique limpo!
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