ACORDO ORTOGRÁFICO

O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

A PROVA


Quando aqui escrevi sobre as promessas de Seguro, não fazia ideia de que ele ia falar com a Troika para lhe “exigir”, como gosta de dizer, a flexibilização do défice.
E lá foi ele com o seu Estado Maior apresentar as exigências que, como seria de esperar depois do que o Comissário Europeu Olli Rhen já havia dito, não teve acolhimento.
Se fosse um estadista, Seguro saberia que não é assim que as coisas se tratam, que não é deste modo que os negócios de Estado se fazem e, mesmo até, saberia que todo aquele estrilho público que tem feito só podia ter como consequência a inflexibilidade de quem poderia flexibilizar. Os homens de Estado não reclamam, não exigem, negoceiam. Cedem aqui para ganhar acolá...
Tanto pela sua recusa para um compromisso de estado de longo prazo, como pela publicidade que dá a essa sua recusa, o secretário-geral do PS torna-se  responsável pelos insucessos de Portugal para conseguir os seus intentos de minorar os nossos encargos e, também, pela falta de confiança que as suas atitudes causam nos mercados, é responsável pela elevação dos juros dos empréstimos dos quais, infelizmente, não podemos prescindir.
Está, pois, feita a prova da insustentabilidade das promessas de Seguro baseadas em medidas que não dependem de si, bem como, pelas conclusões que o PS diz tirar da recusa da Troika, se tornou evidente a má fé eleitoralista que o leva a responsabilizar o Governo pelo que não conseguiu.
Eu não acredito que o Governo não deseje, desde há muito, a flexibilidade que o PS foi exigir à Troika, porque não é crível que desperdiçasse tal oportunidade, sobretudo em tempo de campanha eleitoral.
Apenas me entristece que, apesar de tão claras provas, o PS consiga iludir gente bastante para ter peso com o qual cria mais prejuízos ao país.
Assim, a democracia continua a ser a razão da maioria onde a razão não conta.

2 comentários:

  1. NÃO FIQUE TRISTE POR O PS CONSEGUIR ILUDIR TANTA GENTE. É QUE A MIM O PS NUNCA ME TINHA ROUBADO O QUE ESTES MALANDROS ME ROUBAM E QUEREM CONTINUAR A ROUBAR. AINDA ESTE MÊS VI A MINHA PENSÃO DE REFORMA DIMINUÍDA POR MAIS UM SAQUE. JÁ NÃO CHEGAVAM OS SUBSÍDIOS E OS AMUMENTOS DO IRS, IVA E AINDA SE PREPARAM PARA ROUBAR MAIS NAS PENSÕES.

    A MORTE NÃO ME ASSUSTA! O QUE ME ASSUSTA É ESTAR A VOLTAR AO TEMPO EM QUE MAL GANHÁVAMOS PARA COMER. AINDA HÁ POUCO LI QUE AS GRANDES EMPRESAS CONSEGUEM TRANSFERÊNCIAS ESCANDALOSAS PARA BANCOS ESTRANGEIROS SUPERIORES ÁQUILO QUE A TROIKA NOS EMPRESTA. VEJA QUEM PAGA A CRISE E SE NÃO HÁ RAZÃO PARA NOS SENTIRMOS REVOLTADOS. SE O SEGURO FOR PARA O GOVERNO E SE A PORCARIA SE MANTIVER COMO ESTÁ ENTÃO DEPOIS TEREMOS DE LHE COLOCAR A CORDA NA GARGANTA COMO ESTES M..........

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  2. Henrique, o problema é por que será que estes fazem isto. Tudo resulta, afinal, do acordo que o PS fez com a Troika. Se pudéssemos pagar em auto-estradas que o Sócrates deu a construir aos seus amigos, depressa pagaríamos a dívida.

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