ACORDO ORTOGRÁFICO

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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

PROMESSAS DE ILUSÃO



Cada vez mais as campanhas eleitorais me fazem descrer desta organização política que temos e coloca o “poder” nas mãos de quem melhor propaganda fizer do nada que tem para oferecer.
É lugar comum falar das promessas não cumpridas, com o que tentam desacreditar o poder instalado outros se propõem cumpri-las para além de umas quantas mais com que compõem um programa eleitoral apelativo que resolverá o problema do desemprego, reduzirá a austeridade em que vivemos, baixará os impostos e, mesmo assim, resolverá o sufoco da dívida que fizeram e este governo não conseguiu saldar. Não imagino como, mas é o que dizem que vão fazer.
Em tempos de dificuldades, não tem o “poder” como defender-se da tentação de uma mudança que promete o que ele não conseguiu, pelo que, por certo, não conseguirá manter-se.
Afinal, é nisto que se baseia a alternativa democrática primária que, por ser assim, acontece. Faz das promessas certezas que, muito não tardará, serão as desilusões que hão-de dar lugar a outra mudança que, por promessas não cumpridas, inevitavelmente acontecerá.
Não será este o caminho certo para um futuro melhor, porque o não será nem para um futuro sequer que sempre recomeça com cada novo “poder” que faz tábua rasa do que outro "poder" tenha feito, para poder afirmar-se no que, diferente, vai fazer. É a carência absoluta de saber e de imaginação que tanta "imaginação" não pode ter.
São assim as eleições em que os políticos se servem da curta memória dos que podem elegê-los, nas quais jamais me dei conta de ser a razão que dita a escolha que, por isso, nunca será duradoira.
Outras eleições virão que trarão novas promessas que nos levarão ao início de um novo caminho para a desilusão.
Não creio que a realidade se compadeça, por muito mais tempo, com os desperdícios causados por ambições de poder, porque é já curto o tempo para, com inteligência, preparar o futuro melhor que as promessas de ilusão não alcançam.
Campanhas inebriantes que sempre me fazem lembrar a velha estória dos ébrios da avenida. Lá iam dois que, de tropeção em tropeção, criticavam as más decisões do governo que deveria por o vinho a pataco. Um tropeção maior fê-los cair. Seguia-os um outro, muito interessado no que diziam e, pelo sucedido, comentou "agora que estava a formar-se um governo tão bom, já caiu!

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