Estamos à beira de mais um
acto eleitoral que não prima pelo esclarecimento que trouxe. Pelo contrário,
foi marcado pela confusão que gerou e pelo descrédito que valeu a Portugal,
tanto pela falta de alguma coerência nos discursos do Governo como pelas
atitudes da Oposição e de alguns Parceiros Sociais que não transmitiram para o
exterior a imagem de um país confiável em termos de continuidade. Em vez disso,
mostraram um país que espera a primeira oportunidade para andar para trás, para voltar
à farra que o desgraçou.
E, pela campanha eleitoral
do PS, é disso que se trata, de um desejo incontido de Seguro para ser Primeiro-Ministro,
situação em que, depois, nada fará senão embrulhar-se numa bronca bem maior do
que aquela que já temos.
Nem imagino o que vá
acontecer nestas eleições em cuja campanha me marcaram os discursos muito
certinhos de Passos Coelho depois dos quais é muito difícil ficar confiante, o
ar seráfico com que Seguro debita as tonterias do costume, as verborreicas tiradas
do PCP e do BE que, como sempre, não farão história.
E não é que, mais do que
nunca, Seguro distorce o que seja dito por outros para o transmitir ao jeito
que convém ao seu discurso da desgraça? Será que ninguém está atento a este modo de fazer política trampolineira? De facto, quem a não faz?
E quando vejo, nas páginas
sociais apelos patéticos para deitar abaixo “este governo de gatunos” eu fico,
ainda mais preocupado porque são poucas, quase nenhumas, as iniciativas que um
reformado possa ter para fugir do inferno em que Portugal ameaça
transformar-se.
Talvez acalme depois das
eleições se tivermos algum juízo e as coisas possam correr de um outro jeito.
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