ACORDO ORTOGRÁFICO

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sábado, 21 de setembro de 2013

A RENEGOCIAÇÃO DA DÍVIDA E A CAMPANHA AUTÁRQUICA



Obviamente, um prazo mais longo e juros mais baixos seriam factores de algum alívio na austeridade que as circunstâncias nos impõem, o que pode resultar das negociações que o governo tenha com a Troika nesta avaliação periódica em curso.
Não vale a pena fazer disto “cavalo de batalha” eleitoral, com o têm feito Seguro e os demais, ainda que a estes últimos ninguém os oiça, porque tal afecta o clima calmo e discreto que as negociações requerem.
Não restam já quaisquer dúvidas de que a crise temporária que Portas abriu no Governo, bem como a guerrilha continuada de Seguro para quem nada mais conta para além das ambições políticas que tem, são as grandes causas da elevação dos juros que fazem subir as nossas responsabilidades, pela insegurança que transmitem aos “mercados”.
Não será razoável que os eleitores esqueçam tais coisas quando forem votar nas eleições que se aproximam.
Nouriel Roubini, o economista co-fundador da “Global Economics”, uma empresa de pesquisa e estratégia macroeconómica, além de professor na Universidade de NY e, também, conhecido por Sr catástrofe por ter previsto a crise que vivemos, disse ontem, em Lisboa, que Portugal tem sérias e fundadas razões para pedir a flexibilidade do pagamento da sua dívida, acrescentando que qualquer crise política que possa acontecer ou uma descontinuidade na governação saída das próximas eleições legislativas, poderão constituir um sério revés na recuperação da economia portuguesa.
Ainda que a partir de possíveis razões um tanto diferentes, tudo o que tenho pensado e escrito está em sintonia com estas preocupações de Roubini.
Temos absoluta necessidade da compreensão dos nossos credores que, por sua vez, precisam de provas claras de sermos um país capaz de honrar os seus compromissos quer pelo modo como façamos para os respeitar quer pela união de que nos mostremos capazes para fazer o esforço que ela implica. Apenas nestas condições nos facultarão, em boas condições, os meios financeiros de que necessitamos.
Muito mais dinheiro iremos ter de pagar por conta dos juros que esta campanha eleitoral em curso faz subir e, depois dela, veremos o que os resultados permitirão fazer aos que, disso já deram mostras que bastem, mais interessa a conquista do poder do que o bem-estar dos portugueses.
Em Lisboa, cidade onde moro, não votarei em candidatos que façam da conquista de poder nas eleições legislativas o tema da sua campanha porque, com muito cuidado vou ver quem se preocupa com os muitos problemas que tem esta cidade.
Quanto ao futuro, será o bom senso dos portugueses quem o vai ditar.

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