ACORDO ORTOGRÁFICO

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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

O CRESCIMENTO PAROU?

O crescimento tornou-se uma preocupação dominante! Cresceram as pessoas 11 centímetros em setenta anos, cresceram as preocupações que temos com com o ambiente de que necessitamos para viver, cresceram as temperaturas médias na terra, cresceram as doenças sem tratamento específico que se tornaram verdadeiros dramas da sociedade e tantas coisas mais que até pensámos que a “economia” iria crescer para sempre, indefinidamente.
Mas não parece que seja assim e, depois de muitos estudiosos terem alertado, baseados em razões científicas mas sem sucesso, para os excessos de uma “economia” descontrolada que consumia demais os limitados recursos da Terra, a própria economia começa a sentir na pele uma realidade que o simples bom senso reconheceria.
Colocou o mundo a tónica nas “economias emergentes” que cresciam como nenhumas outras e se tornariam, em breve, as economias dominantes.
Os seus crescimentos quase exponenciais foram, porém, sol de pouca dura e são as economias emergentes que apelam agora ao G20 para discutir os problemas do crescimento que, agora, em vez de crescer decresce.
Estranho que muita gente insista em considerar uma falácia a afirmação de serem os recursos naturais limitados, não sei se pelo medo das mudanças a que a realidade, inevitavelmente, obrigará se pelo conhecimento limitado da realidade, uma certa forma de ignorância, a que a especialização conduz ou se, apenas, para dilatar um pouco mais esta miragem de que as finanças são tudo na vida, esquecendo os valores e os recursos morais de que dispomos realmente para construir um futuro melhor e mais sólido.
O mundo sem alta finança, não gerido pelos “Goldman Sachs” que tudo comandam, será o mundo do futuro no qual outros melhores valores nos poderão tornar a vida mais leve e mais feliz.
Gasta pelos enormes atritos resultantes das velocidades crescentes a que tem sido vivida, a vida mostra-nos sinais de necessidade de prudência que se podem encontrar no conhecimento científico autêntico que alguns insistem em continuar a adulterar. Fazem do conhecimento científico uma religião da qual se julgam o próprio deus e julgam-se donos de uma Natureza da qual não passam de ser uma parte demasiadamente vulnerável.
Como sempre tenho dito, há apenas duas maneiras para a mudança acontecer, ou porque a planeamos e controlamos ou porque as consequências dos nossos excessos a acabam por impor. Não sem muita dor, obviamente!

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