O
crescimento tornou-se uma preocupação dominante! Cresceram as
pessoas 11 centímetros em setenta anos, cresceram as preocupações
que temos com com o ambiente de que necessitamos para viver,
cresceram as temperaturas médias na terra, cresceram as doenças sem
tratamento específico que se tornaram verdadeiros dramas da
sociedade e tantas coisas mais que até pensámos que a “economia”
iria crescer para sempre, indefinidamente.
Mas
não parece que seja assim e, depois de muitos estudiosos terem
alertado, baseados em razões científicas mas sem sucesso, para os
excessos de uma “economia” descontrolada que consumia demais os
limitados recursos da Terra, a própria economia começa a sentir na
pele uma realidade que o simples bom senso reconheceria.
Colocou
o mundo a tónica nas “economias emergentes” que cresciam como
nenhumas outras e se tornariam, em breve, as economias dominantes.
Os
seus crescimentos quase exponenciais foram, porém, sol de pouca dura
e são as economias emergentes que apelam agora ao G20 para discutir
os problemas do crescimento que, agora, em vez de crescer decresce.
Estranho
que muita gente insista em considerar uma falácia a afirmação de
serem os recursos naturais limitados, não sei se pelo medo das
mudanças a que a realidade, inevitavelmente, obrigará se pelo
conhecimento limitado da realidade, uma certa forma de ignorância, a
que a especialização conduz ou se, apenas, para dilatar um pouco
mais esta miragem de que as finanças são tudo na vida, esquecendo
os valores e os recursos morais de que dispomos realmente para
construir um futuro melhor e mais sólido.
O
mundo sem alta finança, não gerido pelos “Goldman Sachs” que tudo comandam, será o mundo do futuro no qual outros melhores valores
nos poderão tornar a vida mais leve e mais feliz.
Gasta
pelos enormes atritos resultantes das velocidades crescentes a que
tem sido vivida, a vida mostra-nos sinais de necessidade de prudência
que se podem encontrar no conhecimento científico autêntico que
alguns insistem em continuar a adulterar. Fazem do conhecimento
científico uma religião da qual se julgam o próprio deus e
julgam-se donos de uma Natureza da qual não passam de ser uma parte
demasiadamente vulnerável.
Como
sempre tenho dito, há apenas duas maneiras para a mudança acontecer, ou porque a planeamos e controlamos ou porque as
consequências dos nossos excessos a acabam por impor. Não sem
muita dor, obviamente!
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