Depois de tanto diz e
desdiz a propósito do vil ataque com gases de guerra que mataram tanta gente
nos subúrbios de Damasco, surpreende-me esta notícia: “O Governo da Síria aceitou
entregar o arsenal de armas químicas do seu Exército a inspectores
internacionais, de acordo com um plano apresentado pelo ministro dos Negócios
Estrangeiros da Rússia…”.
Afinal o exército sírio reconhece
ter um arsenal de armas químicas, o que, afinal, já todos sabíamos, até a
Rússia aliada de Hassad que congeminou este plano seráfico para o livrar dos
quase iminentes ataques selectivos de Obhama.
É sempre bom evitar
guerras, esses confrontos desumanos em que os fautores se escudam nos infelizes
que são carne para canhão e morrem tantas vezes sem fazer a menor ideia do
porque, esses actos de terror em que todas as partes saem a perder, mesmo que,
no final, uma perca menos do que a outra. Mas as vidas de quem a guerra matou não se recuperam com a rendição de alguém, nem a justiça do crime feito se pode esquecer deste modo. Há culpas que têm de ser castigadas.
Que faltará, ainda,
demonstrar para concluir que Hassad assassinou compatriotas que cometeram o
crime de não estar de acordo com ele, bem como outros que pouca consciência até
teriam do que se passa naquela infeliz terra? Dizer que os culpados podem ser os
rebeldes que dificilmente têm condições para possuírem arsenais de armas químicas?
Desculpas de mau pagador!
Que se evite a guerra eu
até concordo e profundamente o desejo, mas que se branqueie a responsabilidade
de quem cometeu aqueles horrorosos crimes contra a Humanidade, jamais me fará
calar o desacordo ou amainará sequer a ira de os não ver condenados.
Seria bom saber quem
forneceu tais armas à Síria e quem ordenou que fossem usadas. Sem isso a ONU,
aquela organização onde os vetos de alguns pervertem a justiça que deveria ser
de todos, não terá mais o direito de condenar seja quem for pelo quer que seja
que tenha feito, depois de deixar passar em claro esta barbaridade que já se
considera a maior catástrofe social do mundo de todos os tempos.
Será um mau princípio
deixar que se resolva, assim sem culpados castigados, este caso tão grave.
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