O
programa de governo da Coligação que venceu as eleições foi entregue na
Assembleia da República.
Agora
é deixar correr, ver o que acontece e Deus queira que corra bem, seja da maneira
que for, porque, se assim acontecer, esse será o bem de Portugal, o bem de
todos nós.
Porém,
perante as bases, recheadas de incompatibilidades, em que assenta a solução
final que se afigura mais provável, um governo liderado pelo derrotado António
Costa, receio que não seja o melhor que aconteça e tenhamos de pagar bem caro por
este “golpe” que a Constituição aceita mas que o mais vulgar bom senso repudia
perante as incertezas e os perigos que acarreta, além de não corresponder à tradição que procedimentos políticos passados consagraram .
Além disso, não
faz sentido que depois de um tremendo esforço de recuperação que começou a dar
frutos e que, sejam os propósitos de futuro quais forem, sempre teria de ser
feito num mundo onde o isolamento se paga de modo bem sofrido, se prefira uma
solução que todos julgam insegura pelos apoios incompatíveis de que depende.
Será
interrompido um processo e, muito provavelmente mais do que isso, destruídos os
frutos do enorme esforço feito para equilibrar as finanças do país que poderão
desequilibrar-se de novo e obrigar a um novo e penoso resgate, se alguém
estiver disposto a faze-lo.
Este
é um daqueles casos em que, por mais razão que julgue ter, eu gostaria de estar
errado, mas não creio que esteja. E não serei o único.
Quanto
ao que deverá ser feito depois de consolidadas as finanças e não se assemelha,
de todo, ao que os programas da maioria dos partidos políticos define, é uma
questão que, muito brevemente, a realidade nos obrigará a enfrentar.
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