ACORDO ORTOGRÁFICO

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sexta-feira, 6 de novembro de 2015

À ESPERA DO FUTURO



O programa de governo da Coligação que venceu as eleições foi entregue na Assembleia da República.
Agora é deixar correr, ver o que acontece e Deus queira que corra bem, seja da maneira que for, porque, se assim acontecer, esse será o bem de Portugal, o bem de todos nós.
Porém, perante as bases, recheadas de incompatibilidades, em que assenta a solução final que se afigura mais provável, um governo liderado pelo derrotado António Costa, receio que não seja o melhor que aconteça e tenhamos de pagar bem caro por este “golpe” que a Constituição aceita mas que o mais vulgar bom senso repudia perante as incertezas e os perigos que acarreta, além de não corresponder à tradição que procedimentos políticos passados consagraram .
Além disso, não faz sentido que depois de um tremendo esforço de recuperação que começou a dar frutos e que, sejam os propósitos de futuro quais forem, sempre teria de ser feito num mundo onde o isolamento se paga de modo bem sofrido, se prefira uma solução que todos julgam insegura pelos apoios incompatíveis de que depende.
Será interrompido um processo e, muito provavelmente mais do que isso, destruídos os frutos do enorme esforço feito para equilibrar as finanças do país que poderão desequilibrar-se de novo e obrigar a um novo e penoso resgate, se alguém estiver disposto a faze-lo.
Este é um daqueles casos em que, por mais razão que julgue ter, eu gostaria de estar errado, mas não creio que esteja. E não serei o único.
Quanto ao que deverá ser feito depois de consolidadas as finanças e não se assemelha, de todo, ao que os programas da maioria dos partidos políticos define, é uma questão que, muito brevemente, a realidade nos obrigará a enfrentar.


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