ACORDO ORTOGRÁFICO

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segunda-feira, 2 de novembro de 2015

EUREKA! ESTÁ DESCOBERTA A MAROSCA.



Já em tempos, naqueles em que estudava em Paris instalado na sua casa de milhões, Sócrates foi claro ao dizer que a dívida pública não era para pagar. Mais tarde esclareceu que era, apenas, para gerir…
Não entendi muito bem o que, quis dizer porque, para haver dívida, terá de haver quem empreste e, por isso, quem cobre juros tanto mais elevados quanto maior a dívida for e queira o seu dinheiro de volta.
É que nem todos, se é que haverá mesmo alguém mais, fazem como Santos Silva que empresta ao desbarato, sem juros, sem prazo e sem contabilidade, como parece que faz.
Assim sendo, não sei por que, depois de Sócrates, o PS tanto insistiu tanto na dívida que crescia e por isso culpava o Governo de Passos Coelho. E como haveria ela de baixar se, partindo de cofres vazios, precisámos de 78 mil milhões a juros bem mais elevados do que os que pagamos agora, ao mesmo tempo que tínhamos de pagar a dívida já criada, a juros de autêntica agiotagem?
Não era o Ministro das Finanças de Sócrates de Sócrates quem afirmava, quando a dívida se tornava monstruosa e os juros aumentavam a cada dia, que estes eram suportáveis desde que não ultrapassassem 7%?
Então por que agora, quando as taxas de juro nem de longe se aproximam daquele valor, culpam o Governo de as estar a pagar caras?
Mas creio que, agora, entendo tudo!
Dos parceiros com quem o PS se propõe afastar a austeridade do país, nenhum aceita os princípios de controlo financeiro em vigor na União Europeia, perguntando o PCP por que razão o défice há-de ser de 3% em vez de ser 4 ou 5 e o BE afirma não aceitar, sequer, qualquer limite. São declarações de que a comunicação social deu conta.
Isto significa, na realidade, que o PS aceita voltar aos tempos dos gastos sem controlo, esperando que, para isso, alguém empreste dinheiro, sejam os juros quais forem, porque não pensamos pagá-los e nem teremos condições para o fazer.
E lá voltamos nós ao carreirinho do cego que ninguém ajuda, até cairmos, muito em breve, num buraco ainda mais fundo do que aquele de onde estávamos a sair.

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