ACORDO ORTOGRÁFICO

O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

NAS COSTAS DOS OUTROS LEMOS AS NOSSAS



Vale a pena não esquecer os erros do passado para evitar que se repitam e os que me parecem mais oportunos de recordar, pela situação política que vivemos, são os que os gregos cometeram há não muito tempo e os levou à situação em que se encontram, mesmo depois do arrepio a que o Sirysa foi obrigado e o levou, ao contrário do que prometera, a endurecer as medidas de austeridade que estão a ser cada vez mais contestadas nas ruas de Atenas.
Uma greve geral na Grécia é a prova do descontentamento.
Pareceu, a determinada altura, que o regozijo que Costa não escondeu pela vitória eleitoral dos que, na Grécia, se propunham acabar com a austeridade, tinha esfriado em função dos maus resultados obtidos, mas, afinal, estava, apenas, adormecido.
Ao contrário de Tsipras, a quem a dura realidade obrigou a acordar do sonho, Costa deve acreditar em milagres e Centeno parece querer imitar o exorcisado Varoufakis na “engenharia financeira” que propõe.
Gostaria eu, que não espero destes ou daqueles quaisquer favores, mas apenas o que, pelo que fiz, me é devido, que batessem certas as contas dos que me prometem a maravilha de por fim à austeridade. Mas não me convenço, porque disso nunca me dei conta na vida, que o dinheiro caia do céu ou a terra possa dar mais do que os ciclos naturais consentem.
É isto que me diz o que vejo acontecer por outros lados onde ao consumismo sucede a temperança, se não, mesmo, a austeridade.
Por que seria diferente em Portugal?
Não recomendaria o bom senso que não esperássemos os milagres que os outros não conseguem e, desse modo, evitarmos os problemas que eles enfrentam?
É velho o dito que avisa “nas costas dos outros lemos as nossas”.


Sem comentários:

Enviar um comentário