Vale
a pena não esquecer os erros do passado para evitar que se repitam e os que me
parecem mais oportunos de recordar, pela situação política que vivemos, são os
que os gregos cometeram há não muito tempo e os levou à situação em que se
encontram, mesmo depois do arrepio a que o Sirysa foi obrigado e o levou, ao
contrário do que prometera, a endurecer as medidas de austeridade que estão a
ser cada vez mais contestadas nas ruas de Atenas.
Uma
greve geral na Grécia é a prova do descontentamento.
Pareceu,
a determinada altura, que o regozijo que Costa não escondeu pela vitória
eleitoral dos que, na Grécia, se propunham acabar com a austeridade, tinha
esfriado em função dos maus resultados obtidos, mas, afinal, estava, apenas,
adormecido.
Ao
contrário de Tsipras, a quem a dura realidade obrigou a acordar do sonho, Costa
deve acreditar em milagres e Centeno parece querer imitar o exorcisado
Varoufakis na “engenharia financeira” que propõe.
Gostaria
eu, que não espero destes ou daqueles quaisquer favores, mas apenas o que, pelo
que fiz, me é devido, que batessem certas as contas dos que me prometem a
maravilha de por fim à austeridade. Mas não me convenço, porque disso nunca me
dei conta na vida, que o dinheiro caia do céu ou a terra possa dar mais do que
os ciclos naturais consentem.
É
isto que me diz o que vejo acontecer por outros lados onde ao consumismo sucede
a temperança, se não, mesmo, a austeridade.
Por
que seria diferente em Portugal?
Não
recomendaria o bom senso que não esperássemos os milagres que os outros não
conseguem e, desse modo, evitarmos os problemas que eles enfrentam?
É
velho o dito que avisa “nas costas dos outros lemos as nossas”.
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