O “social-democrata”
Pacheco Pereira, porventura o maior crítico do PSD, sabe-se lá por que, pretende
medir o posicionamento político, direita, centro-direita, centro,
centro-esquerda e esquerda, com o rigor com que Pedro Nunes, o notável
matemático português, introduziu nas medições de comprimentos com o seu
revolucionário nónio.
Foi
o que depreendi das suas considerações sobre o posicionamento político da “troika”
que aspira ao poder e da “dupla” que o vai deixar, sem, de alguma forma, dizer o que a uma e outra classificação corresponda.
A
divisão, a que cientificamente se chama análise, é aquilo a que nos obriga a
incapacidade do entendimento global das coisas.
Se
tem de ser assim, que seja, mas que se não esqueça a síntese que, depois, deve
ser feita para repor o todo e harmonizar as partes. E nisto, apenas a
experiência e o bom senso pode ajudar, coisa de que Pacheco Pereira não dá
mostras nem poderia porque lhe falta o saber de experiência feito que lhe
permitiria falar de coisas reais e não flutuar na irrealidade em que se move.
Mudaram
os tempos e é completamente diversa a realidade que se vive desde a divisão que
um novo olhar sobre o mundo há mais de duzentos anos impôs.
É
outro o que se impõe agora e se direita e esquerda tiver de continuar a haver, nem que seja
por facilidade de terminologia, em vez do saber e do bom senso que oriente o
caminho possível neste mundo tão degradado pelos erros do nosso modo de viver, não vejo onde esteja a “esquerda” renovadora que defenda o
novo paradigma que a realidade reclama antes de a Natureza a impor.
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