ACORDO ORTOGRÁFICO

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terça-feira, 10 de novembro de 2015

PACHECO PEREIRA E O NÓNIO



O “social-democrata” Pacheco Pereira, porventura o maior crítico do PSD, sabe-se lá por que, pretende medir o posicionamento político, direita, centro-direita, centro, centro-esquerda e esquerda, com o rigor com que Pedro Nunes, o notável matemático português, introduziu nas medições de comprimentos com o seu revolucionário nónio.
Foi o que depreendi das suas considerações sobre o posicionamento político da “troika” que aspira ao poder e da “dupla” que o vai deixar, sem, de alguma forma, dizer o que a uma e outra classificação corresponda.
A divisão, a que cientificamente se chama análise, é aquilo a que nos obriga a incapacidade do entendimento global das coisas.
Se tem de ser assim, que seja, mas que se não esqueça a síntese que, depois, deve ser feita para repor o todo e harmonizar as partes. E nisto, apenas a experiência e o bom senso pode ajudar, coisa de que Pacheco Pereira não dá mostras nem poderia porque lhe falta o saber de experiência feito que lhe permitiria falar de coisas reais e não flutuar na irrealidade em que se move.
Mudaram os tempos e é completamente diversa a realidade que se vive desde a divisão que um novo olhar sobre o mundo há mais de duzentos anos impôs.
É outro o que se impõe agora e se direita e esquerda tiver de continuar a haver, nem que seja por facilidade de terminologia, em vez do saber e do bom senso que oriente o caminho possível neste mundo tão degradado pelos erros do nosso modo de viver, não vejo onde esteja a “esquerda” renovadora que defenda o novo paradigma que a realidade reclama antes de a Natureza a impor.


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