Sinceramente,
ainda não sei o que vai acontecer.
Mesmo
não sendo muito difícil imaginar o que, quanto ao imediato, possam ter em mente
António Costa, Catarina ou Jerónimo Martins, tirar a “direita” do poder, o
mesmo já me não parece ser quanto às suas intenções de futuro, a menos que sejam
mentira os princípios que, com mais entusiasmo, apregoam e não tenham passado
de simples promessas de circunstância aquelas que, para angariar votos, fizeram
na campanha eleitoral.
Todos
sabemos como é impossível contrariar, de modo permanente, o modo como somos, as
ambições que temos, os sonhos de futuro que acalentamos, porque eles estão ali,
sempre, diante dos nossos olhos, a fervilhar na nossa mente.
E
será isso que sucederá com o PCP e com o BE que, sem a menor dúvida,
aproveitarão todas as oportunidades para os fazer vencer, nem que seja de
mansinho para disso ninguém se aperceber a tempo de o contrariar.
Eu
creio que pensará Costa a mesma coisa e, a virem todos a formar um governo ou
um simples acordo para Costa governar, este será como aquele jogo das cadeiras
em que quem se descuide fica sem onde se sentar.
Será
essa a consciência que têm os que, no PS, se rebelam contra este absurdo de
tentar homogeneizar o que o não pode ser e, mais do que isso, se sentem
preocupados com o futuro de um país ainda demasiado fragilizado para suportar
para suportar os desvarios delirantes dos ambiciosos do poder? Penso que será.
Mas,
aconteça o que acontecer, já nada voltará a ser como dantes porque a “caldeirada”
vai esturricar e sempre haverá uma boa parte que ficará intragável.
Quem,
no fim, sairá mais queimado?
Não
creio que seja o PCP que muito preza manter unidos e bem alinhados os seus
fieis, nem o BE que não estranhará os altos e baixos sucessivos próprios das
características de partido de contestação que jamais poderá deixar de ser.
Quem
sabe, pois, se um novo PS surgirá, talvez com uma noção mais própria e actual
do que o socialismo deve ser num mundo muito diferente daquele em que, até
aqui, julgou viver e que tanto precisa de um socialismo autêntico para se não perder
de vez.
Porque o que precisa de ser repensado é o socialismo e não a esquerda que, afinal, não é nada.
Porque o que precisa de ser repensado é o socialismo e não a esquerda que, afinal, não é nada.
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