(a vermelho, o mundo pobre. Se da zona rica retirarmos as áreas quase inabitadas da Sibéria, da Groenlândia, do Alasca, do Canadá e da Austrália, vejam de que tamanho fica o "mundo rico")
Começa
hoje a escrever-se o capítulo final de uma história que vai, a muito curto
prazo, mudar profundamente Portugal.
Não
pelo desfecho que possa ter o despique “direita-esquerda” que, de um modo diferente,
se gerou entre uma esquerda pretensamente unificada e imbuída de ideais comuns e
que vai ter, finalmente, a oportunidade de provar os méritos que diz serem os
seus e uma direita que, apesar de todos os erros que cometeu, me parece mais
próxima de compreender o futuro que teremos de viver, o qual a situação
económica em todo o mundo mostra ser mais duro do que as mais pessimistas
previsões faziam crer.
Começam
a conjugar-se, finalmente, todos os efeitos negativos do assalto que fizemos à
Natureza que não nos pertence porque dela somos, apenas, uma pequena parte,
pelos danos que causámos ao ambiente, pela má gestão que fizemos dos recursos
naturais e pelos hábitos consumistas que criámos.
Será
muito difícil conseguir evitar as consequências dolorosas de tantos erros que
praticámos e que, por um egoísmo imbecil, fingimos que não vemos.
Desperdiçamos
cada vez mais do que aproveitamos porque consumir mais e mais é a condição
indispensável de uma economia que se alimenta dos vícios de consumo que em nós
criou, nos conduziram à situação de ruptura em que nos encontramos já e, sei
lá por qual estupidez, desejamos manter, apesar de todo o mal que nos fazem.
Mesmo
assim, esta realidade que provas cada vez mais definitivas evidenciam, não
demove os políticos das pretensões de regresso ao passado de loucura que a
gerou, com o que, inevitavelmente, mais a agravarão.
Portugal
é um bom exemplo, quase uma amostra significativa desta realidade ignorada
pelos que têm a pretensão de nos governar!
Não
imagino por qual milagre esperarão para tornar possíveis os compromissos de abastança que
assumem, como não compreendo a razão por que os economistas que dominam a
política não reconhecem o princípio, por eles tão sabiamente enunciado, de que
NÃO HÁ ALMOÇO DE GRAÇA!
Então e porque é uma verdade irrefutável,
teremos de o pagar, tanto mais caro quanto maior for o desperdício na farra consumista
que fizermos, apesar da escassez cada vez maior num mundo onde a “pobreza
verdadeira” conquista espaço e já invade o “mundo rico” onde a pobreza que nele
existe é, mesmo assim, a riqueza que os verdadeiros pobres jamais tiveram.
A realidade dura está bem diante dos nossos olhos, em factos que se renovam dia após dia.
Por que não a queremos ver? Por que não desviamos os olhos do próprio umbigo quando é cada vez mais necessário olhar para o mundo inteiro?
A realidade dura está bem diante dos nossos olhos, em factos que se renovam dia após dia.
Por que não a queremos ver? Por que não desviamos os olhos do próprio umbigo quando é cada vez mais necessário olhar para o mundo inteiro?
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