ACORDO ORTOGRÁFICO

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sábado, 21 de novembro de 2015

A TECNOLOGIA AO SERVIÇO DA SEGURANÇA



Uma lei que não tenha, na realidade que se vive, a sua razão de ser, é uma lei sem sentido, uma lei inútil.
Em Portugal, infelizmente, há muito disso.
Os recentes ataques jihadistas podem ser um bom exemplo de que assim é, ainda que não seja, obviamente, o único.
Leio no DN que “O Parlamento francês aprovou nesta semana um projecto-lei que permite bloquear, de imediato e administrativamente, qualquer site da internet que incite e defenda actos terroristas. Já estava previsto na lei contra o terrorismo em vigor, mas os operadores tinham um prazo de 24 horas. Em Portugal, estamos ainda a anos-luz deste género de eficácia na prevenção da propaganda terrorista, designadamente a jihadista, que utiliza este meio de comunicação de forma profissional no recrutamento dos seus combatentes.”
Em França e em outros países que, finalmente, acordaram para uma dura realidade, adoptam-se as medidas adequadas á necessidade de responder rapidamente às acções terroristas. 
Mas em Portugal tal não é possível, como o não são diversos outros procedimentos que agilizariam as respostas que terão de ser dadas ao terrorismo activo e disperso que nos ameaça, porque as nossas leis o não consentem!
São tantos e tão morosos os procedimentos, envolvendo PJ, inquéritos, ordens judiciais e mais sei lá o que, que a oportunidade de actuar em tempo útil se perde e as acções que põem em perigo dezenas, centenas ou milhares de vidas podem acontecer com facilidade.
Também não dispomos, em Portugal, de outros meios de vigilância que auxiliem os agentes policiais a desempenhar uma função para a qual, nestas circunstâncias de terrorismo activo, nunca serão bastantes. Tal como não são em qualquer outro lado do mundo, perante os milhares de jihadistas infiltrados.
Por exemplo, as câmaras de vigilância nas ruas seriam, apenas, mais olhos a olhar para aquilo que à polícia compete vigiar.
Não sei que diferença fará ser olhado por uma câmara ou por olhos reais, porque a uma é considerada devassa e os outros não.
A quem incomoda esta vigilância? A gente de bem? Não me parece que seja.
Se alguma vez me pareceu bem que um referendo fosse feito, seria este para saber, dos cidadãos, se preferem a segurança ao direito de ninguém saber por onde andam, porque consentiria, ou não, a utilização de tecnologias modernas que desencorajariam terroristas, ladrões, assassinos e outros malfeitores de cometer alguns dos muitos crimes que, diariamente, se cometem.


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