Sinto
a cabeça a estoirar depois de ouvir, na SIC, uma história de milhões de euros circulantes
pelo mundo, em dezenas de nomes entre os quais o de Sócrates não consta, apesar
de, supostamente, ser o dono daquilo tudo.
Quem
será capaz de entender isto?
Nanja eu!
Nanja eu!
Foi
quase como um resumo de tantas coisas complicadas já ouvidas, de esquemas e
mais esquemas, de circuitos esquisitos onde o dinheiro tenta perder-se sem
deixar rasto.
Para
contar tudo isto, serão já dezenas de milhares as páginas arrumadas em não sei
quantos volumes aos quais se juntarão muitos mais com os milhares de documentos
ainda por analisar, para além de mais de cinco milhões de ficheiros cujo
tamanho não imagino qual seja.
Enfim,
uma montanha de supostas provas que a defesa de Sócrates diz serem nada, uma
charada imensa a que não é fácil dar respostas ou, se preferirmos, uma trama
gigantesca, não sei se digna da mais rebuscada imaginação se de uma sofisticada
máfia siciliana.
Depois
de ver calar a CMTV, quem sabe se o mesmo acontecerá com a SIC e, depois, com
outros que se disponham a continuar o esclarecimento que não é fácil de entender
mas que, supõe-se, demorará ainda mais um ano.
Por
outro lado, não é de ignorar aquela campanha eleitoral em Chaves com arruadas
ruidosas, comícios fervorosos e sugestões de presidência, com Sócrates a
reclamar inocência, a dizer que não vale a pena investigar mais uma investigação
já feita, condenar mais quem a prisão já condenou, porque o PS já perdeu as
eleições!
É
a loucura completa num país que parece ser de loucos, onde já se não entende
quem ganhou ou perdeu as eleições, quem cometeu os crimes que dizem
que Sócrates cometeu, quem vai ou não tomar as rédeas do poder.
Deste
jeito, aonde é que isto tudo vai parar?
Afinal,
quem roubou, quem governa, quem se lixa?
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