Escrevi
que os políticos cada vez mais me desiludem, mas deveria ter escrito que me não
iludem já de todo, porque assim traduziria melhor a realidade.
Felizmente,
ainda encontro algumas poucas excepções que, essas sim, me surpreendem por tão
raras que são. São aquelas que nestes tempos estranhos e mafiosos que vivemos ainda
dão provas de um bom senso que eu já julgava perdido, mas que, sem dúvida,
serão da maior utilidade para a reconstrução trabalhosa que teremos de fazer,
depois dos danos que o vendaval em formação vai causar.
Eu
já sabia, desde há muito, que os políticos são gente com habilidades
peculiares, algumas de que nem os mais habilidosos ilusionistas são capazes, daquelas
que, como na gíria se diz, nos metem Lisboa pelos olhos adentro.
Deslumbram-nos como nem os melhores actores o conseguem fazer e, tal como Pessoa disse dos
poetas, eu digo também que “os políticos são uns fingidores”, não pelas dores
que sentem mas pelo ar atarefado e compungido que mostram quando, dizem, tudo
fazem pelo país, por todos nós, o que mais se nota quando estão mais ocupados a cuidar de si!
Mas
nunca me passaria pela cabeça que, nos seus mais profundos delírios, imaginassem meter
garrafas de vinho em envelopes!!!
Vale
a pena ler a notícia:
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