Quem
não queria ser Presidente da República numa salgalhada destas era eu!
Depois
de derrubado Passos Coelho, como irá sair-se o senhor nesta escolha complicada
que tem de fazer entre a merda e o cagalhão?
Não faço a mínima ideia.
Não faço a mínima ideia.
Vai,
por certo, ouvir estes e aqueles que lhe darão os palpites mais diversos, lhe
apresentarão as razões mais sólidas para fazer assim ou ao contrário e, como
não pode deixar de ser, os que pouco ou nada lhe dirão porque, tal como eu,
suspiram de alívio por não terem de decidir nada.
Mas
alguma coisa terá de fazer, certamente. Alguma decisão terá de tomar.
Mas
qual?
Naturalmente,
Passos Coelho quer sair disto quanto mais depressa melhor e até dará graças a
Deus por se ter visto livre da chatice de conduzir um governo minoritário
através de um caminho onde teria mais de escalar do que andar ou correr e no
fim do qual estaria mais desgastado do que um calhau rolado.
E
se eu estivesse no lugar do Costa o que faria depois de, mesmo em cima da hora, ter escapado de não ter acordo que me safasse nem que fosse, como é apenas,
para aprovar o programa de governo e evitar bater o recorde de rapidez de
Passos Coelho a concluir um “mandato”?
Costa pode ser ambicioso, mas parvo não deve ser. Faz é dos outros estúpidos. Mas sair desta embrulhada em que se meteu também lhe não vai ser fácil.
Arranjou sarna para se coçar!
Costa pode ser ambicioso, mas parvo não deve ser. Faz é dos outros estúpidos. Mas sair desta embrulhada em que se meteu também lhe não vai ser fácil.
Arranjou sarna para se coçar!
Qual
Capuchinho Vermelho, deve ver os olhos de lobo atrás de cada árvore da
floresta que tem de atravessar para chegar a casa da avó que o lobo mauzão,
entretanto, já comera.
Centeno
diz que não é intenção reestruturar a dívida, mas apenas pagá-la como for
possível! Não reestrutura, condiciona.
Deve
ter-se inspirado no que Sócrates aprendeu no curso rápido que fez na Sorbone, no modo como dizem que paga os empréstimos do seu amigo Silva ou
nas arengas com que Varoufakis tramou o Tsipras e a Grécia.
É
complicada esta tarefa de Cavaco e a tarefa de Costa acredito que também, pelo que me não me ocorre
expressão melhor para as qualificar do que aquela expressão com que o inesquecível
Fernando Pessa terminava os seus comentários, “ e esta, hein?”
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